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ANS inclui dois novos medicamentos para tratamento de lúpus na cobertura obrigatória dos planos de saúde
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aprovou, nesta segunda-feira (15), a inclusão dos medicamentos Anifrolumabe e Belimumabe no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde. A decisão torna obrigatória a cobertura desses tratamentos para beneficiários de planos de saúde a partir de 3 de novembro de 2025.
Segundo o Ministério da Saúde, os dois medicamentos são indicados para pacientes adultos com lúpus eritematoso sistêmico que apresentam episódios frequentes e sintomas persistentes, mesmo após o uso de terapias convencionais. A medida deve beneficiar aproximadamente 2 mil pessoas que possuem planos de saúde em todo o Brasil.
Importância da decisão
O diretor-presidente da ANS, Wadih Damous, destacou que a inclusão representa um avanço no cuidado com pacientes de doenças autoimunes:
“Se temos no país opções de medicamentos que possibilitam o controle da doença e que garantem uma boa qualidade de vida para o paciente, isso precisa estar disponível para o consumidor.”
Essa é a segunda vez que o Belimumabe entra na lista de coberturas obrigatórias — em 2024, ele já havia sido incorporado para o tratamento de nefrite lúpica, complicação renal decorrente da doença.
O que é o lúpus eritematoso sistêmico
O lúpus é uma doença inflamatória crônica e autoimune, que faz o sistema imunológico atacar tecidos e órgãos saudáveis. Os sintomas podem incluir fadiga intensa, febre baixa, manchas na pele, dor nas articulações, queda de cabelo e, nos casos mais graves, inflamações nos rins e no sistema nervoso.
No Brasil, estima-se que entre 150 mil e 300 mil pessoas convivam com o lúpus, sendo a maioria mulheres jovens entre 20 e 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia. Embora não tenha cura, o tratamento adequado permite o controle da doença e melhora significativa na qualidade de vida.
Orientações aos pacientes
Com a decisão da ANS, os pacientes que se enquadram nos critérios clínicos poderão solicitar aos planos de saúde a cobertura do tratamento. Especialistas alertam para a importância do acompanhamento médico contínuo, uso correto da medicação e adoção de cuidados complementares, como uso de protetor solar, alimentação saudável e prática de atividade física.
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