Saúde

Pesquisa revela que Ozempic e Mounjaro podem alterar percepção de sabor dos alimentos

Pesquisa revela que Ozempic e Mounjaro podem alterar percepção de sabor dos alimentos
Foto: pikisuperstar

Uma pesquisa apresentada na Reunião Anual da Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD), em Viena, revelou que medicamentos populares para perda de peso, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, podem alterar a forma como os pacientes percebem o sabor dos alimentos.

O estudo, liderado pelo professor Othmar Moser, da Universidade de Bayreuth (Alemanha), apontou que um em cada cinco participantes notou que comidas passaram a parecer mais doces ou mais salgadas após o início do tratamento. A descoberta reforça a hipótese de que esses medicamentos atuam não apenas no controle do apetite, mas também na forma como o cérebro processa sabores e recompensas.

Detalhes do estudo e perfil dos participantes

A pesquisa foi feita com 411 pessoas que utilizavam as canetas injetáveis para emagrecimento, sendo 148 em tratamento com Ozempic, 217 com Wegovy e 46 com Mounjaro. A duração mediana do tratamento foi semelhante entre os grupos — de 40 a 47 semanas — e o IMC inicial variava entre 34,7 e 36,2 kg/m².

Os resultados mostraram redução significativa do IMC:

Além das mudanças de paladar, mais da metade dos voluntários (58,4%) relataram sentir menos fome e 63,5% disseram que passaram a se sentir satisfeitos mais rapidamente.

Doce ou salgado: como o paladar mudou

Entre os participantes, 21,3% disseram que os alimentos ficaram mais doces e 22,6% relataram que os sabores estavam mais salgados.

Segundo os pesquisadores, quem percebeu alteração no paladar teve até duas vezes mais chance de relatar maior saciedade, o que pode estar diretamente ligado à perda de peso.

Ozempic: queda média de 17,4%

Wegovy: queda média de 17,6%

Mounjaro: queda média de 15,5%

O grupo que usava Wegovy foi o que mais percebeu aumento na salinidade (26,7%), seguido pelos usuários de Ozempic (16,2%) e Mounjaro (15,2%).

As mudanças no sabor doce ocorreram em proporções semelhantes para os três medicamentos, ficando entre 19% e 22%.


Impactos clínicos e próximos passos

O professor Moser explica que esses medicamentos “atuam não apenas nas áreas do intestino e do cérebro que controlam a fome, mas também nas células das papilas gustativas”.

Essa descoberta pode ajudar médicos a personalizar ainda mais os tratamentos:

“Monitorar mudanças no paladar pode fornecer pistas úteis sobre a resposta do paciente ao tratamento e permitir ajustes para melhores resultados”, destaca Moser.

Apesar dos resultados promissores, os autores destacam que mais pesquisas são necessárias para entender a relação entre percepção de sabor, controle do apetite e perda de peso.




“Monitorar mudanças no paladar pode fornecer pistas úteis sobre a resposta do paciente ao tratamento e permitir ajustes para melhores resultados”, destaca Moser.


Apesar dos resultados promissores, os autores destacam que mais pesquisas são necessárias para entender a relação entre percepção de sabor, controle do apetite e perda de peso.


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