Shantala: por meio de simples movimentos é possível obter grandes resultados

Uma técnica que permite maior cumplicidade entre mãe, pai e bebê, além de aliviar dores e relaxar, assim é a Shantala. De acordo com a terapeuta Gisele Gaideczka, a técnica terapêutica milenar, de origem indiana, é indicada para alívio de cólicas e choro, pois libera a melatonina (hormônio regulador do sono). Um processo fácil de fazer e que estreita os laços familiares. Conforme a profissional, o segredo da Shantala está na comunicação corporal com o bebê. É neste momento que os pais conversam mais com a criança, fazendo movimentos que resultam em bem-estar para ambos. “ A Shantala deixa o bebê mais tranqüilo e ajuda a melhorar o padrão de sono. Ativa a circulação, estimulando melhor funcionamento de todos os órgãos. Contribui para o melhor funcionamento do intestino, reduz cólicas e até mesmo alivia o stress do bebê, além de melhorar a respiração e articulação”, explica a terapeuta.
Segundo Gisele, com esta massagem, grandes resultados são obtidos por meio de simples movimentos. “É importante sempre sorrir para a criança e respeitar a ordem dos movimentos. No início, ela dura em média 10 minutos, mas depois vai aumentando conforme a prática e a recepção do pequenino”, destaca. A técnica pode ser iniciada a partir do primeiro mês de vida e pode ser feita diariamente, até duas vezes ao dia. Com o uso de óleos vegetais, a massagem é um ato de amor para os pais e a criança. “É uma continuação da ligação que o bebê tinha no ventre”, enfatiza a profissional. As atividades podem continuar até quando a criança permitir, entre cinco a sete anos. Para finalizar a massagem, a mãe pode oferecer um banho agradável à criança.

Como é feita a
massagem Shantala?

Mãe, pai ou terapeuta senta no chão com as costas eretas e as pernas alongadas, com o bebê, sem roupa, deitado sobre suas pernas. Para iniciar a massagem é necessário aquecer as mãos friccionando-as com óleo vegetal puro. Cada movimento é repetido de três a 10 vezes e é realizado com as palmas das mãos e com os dedos. Inicia-se pelo peito e segue por todo o corpo, até os dedos, com movimentos pré-estabelecidos e seguindo a sequência, que vai do peito para os braços, após para mãos e dedos, barriga, pernas, pés e costas, e para terminar rosto.
A Shantala é finalizada com um banho de imersão, que é feito em um balde chamado Tummy tub, que também é conhecido como ofurô infantil. O banho é em água morna, com apenas a cabeça do bebê de fora, ele elimina as tensões que ainda possam existir no corpo dele e retira o excesso de óleo. O ambiente onde se realizam as massagens deve ser acolhedor e sossegado, deve estar arejado, com temperatura ambiente constante, evitando-se que uma corrente de ar ou um vento mais forte atinja o bebê.
A Shantala surgiu na Índia e foi trazida para Ocidente pelo obstetra Frédérick Leboyer que observou uma mãe a fazer massagens ao seu bebê e batizou essa seqüência de movimentos com o nome dessa mulher: Shantala.