CADERNO

Setor da construção continua aquecido no Extremo Oeste

O cenário nacional atual não é dos melhores para a economia do país. Nesse panorama destaca-se o setor da construção civil, que vive um momento de queda de lucros e produção, além das demissões em massa. O declínio do setor também se deve ao estouro do escândalo de corrupção flagrado pela Operação Lava Jato. Este ramo de atividade é responsável por cerca de 6,5% do produto interno bruto do país e emprega, diretamente, mais de três milhões de pessoas.

A prisão dos executivos das maiores empreiteiras do país levanta uma dúvida sobre o andamento das principais obras de infraestrutura do país. E toda essa insegurança gera um efeito dominó, já que os principais bancos do país podem ter perdas e a tendência é restringir ainda mais o crédito.  

A realidade vivenciada no Brasil é diferente da região extremo oeste de Santa Catarina. Segundo dados de 2011 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a participação da indústria da Construção Civil no PIB de Santa Catarina é de 5,7%. 

De acordo com o vice-presidente Regional da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) e diretor da Conak Empreendimentos, Astor Kist, houve uma leve redução do volume de vendas no primeiro semestre de 2015, mas a partir de julho o saldo foi positivo, o que comprova que a região não condiz com a crise existente no país. "A nossa região é muito forte no setor do agronegócio, e felizmente esse setor vai muito bem, e consequentemente os demais setores como comércio, serviços e construção também vão bem. Enquanto houver dinheiro circulando, tem gente procurando apartamentos e lotes", ressaltou. Sem título.jpg

Outro cenário a ser considerado são as linhas de financiamento. A Caixa Econômica Federal reduziu o volume de financiamentos do Programa Minha Casa, Minha Vida. Por esse motivo ocorreu uma redução no volume de vendas, mas ainda é uma boa hora para comprar imóveis. 

No mercado imobiliário há um mix de clientes que compram imóveis: investidores e clientes finais. "Mesmo com a crise econômica e política, ainda é melhor investir em imóveis do que na ciranda financeira. Por mais que tenha havido uma estagnação no valor das vendas, investir em imóveis a médio e longo prazo é vantajoso e seguro", afirmou Astor Kist.  

O diretor presidente da Macodesc, Paulo César Stürmer, disse que Santa Catarina tem reconhecimento nacional na economia, onde a construção civil acaba sendo uma necessidade. "O histórico dos nossos clientes mostra que quem investiu em imóveis sempre ganhou. Como em qualquer outro setor, temos que lutar pelo nosso espaço. Nós, como construtora, temos essa obrigação de gerar empregos, buscando o progresso para a empresa e consequentemente para a cidade",  falou.  

Na atual situação econômica, o Governo Federal reduziu muito os investimentos subsidiários nos programas sociais. "A alternativa que o governo buscou foi o aumento de impostos e ajustes fiscais quando nós entendemos que deveria haver enxugamento da máquina pública. O  Governo Federal não tem capacidade de cumprir com os programas sociais que tinha como meta, inclusive como promessa de campanha. Hoje, quem ganha até dois salários mínimos está mais prejudicado. Espero que essas pessoas sejam em breve contempladas com linhas de crédito que possibilitem a realização do sonho de ter um lugar próprio para morar", salientou Astor.

SAIBA MAIS

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção e de Artefatos de Concreto Armado do Estado de Santa Catarina - Sinduscon Extremo Oeste, Elias Rogério Lunardi, salientou que o objetivo do sindicato é defender e proteger os interesses das indústrias associadas. "Por isso a participação das indústrias é importante para o desenvolvimento e fortalecimento do setor", disse.

Além de combater a informalidade no setor, o Sinduscon promove capacitações dos empresários e dos trabalhadores, buscando inovações tecnológicas por meio de missões e cursos técnicos profissionalizantes. "O principal objetivo é fomentar o associativismo e contribuir para o crescimento das empresas", salientou.

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