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O que é hipertensão e como controlar com hábitos simples

A hipertensão é uma daquelas doenças que costumam passar despercebidas até que cobram um preço alto. Silenciosa na maioria das vezes, ela atinge cerca de 1 a cada 4 brasileiros adultos, segundo o Ministério da Saúde. E apesar de tão comum, muita gente ainda desconhece seus riscos e, principalmente, como ela pode ser controlada com atitudes simples na rotina.
Mas o que exatamente é a hipertensão? E o que pode ser feito, na prática, para conviver com ela sem que isso comprometa a qualidade de vida?
A pressão que o corpo não sente, mas sofre
A pressão arterial é a força que o sangue exerce ao circular pelas artérias. Quando essa pressão se mantém alta de forma contínua geralmente a partir de 14 por 9 o corpo entra em estado de alerta, mesmo que a pessoa não perceba. Isso porque o esforço extra do coração e o desgaste dos vasos sanguíneos aumentam o risco de infarto, AVC, problemas renais e até cegueira.
De acordo com o Portal da OMS, na maioria dos casos, a hipertensão se desenvolve aos poucos, impulsionada por fatores como alimentação desbalanceada, sedentarismo, estresse, excesso de peso, álcool em excesso e, claro, predisposição genética. Mas ter risco não é sentença e aqui entra o papel essencial dos hábitos.
Comer bem é mais do que contar calorias
A alimentação tem um peso enorme no controle da pressão. Diminuir o consumo de sal é a principal recomendação dos especialistas e isso não significa apenas usar menos sal na comida, mas também evitar produtos ultraprocessados, que carregam sódio em excesso, como embutidos, enlatados, salgadinhos e temperos prontos.
Alimentos naturais, como frutas, verduras e grãos integrais, ajudam a equilibrar o organismo e fornecem nutrientes que combatem o efeito do sódio, como o potássio. Banana, abacate, espinafre e feijão são bons aliados nesse sentido.
Trocar refrigerantes por água, evitar frituras e dar preferência a preparações caseiras, com menos gordura e mais ingredientes frescos, pode parecer pouco, mas traz resultados concretos em poucas semanas.
Mexer o corpo é proteger o coração
Outro fator decisivo é o movimento. A atividade física regular ajuda a reduzir a pressão arterial, melhora a circulação e fortalece o sistema cardiovascular. E não é preciso se matricular na academia para isso.
Caminhadas diárias, subir escadas, dançar, andar de bicicleta, praticar yoga ou até cuidar do jardim contam como formas eficazes de ativar o corpo. O importante é manter uma frequência: pelo menos 30 minutos por dia, cinco vezes por semana, já fazem diferença.
Além disso, o exercício também tem impacto positivo sobre o humor e o estresse que, aliás, é outro inimigo da pressão saudável.
Dormir bem e respirar melhor: os cuidados invisíveis que importam
Pouca gente associa sono ruim a pressão alta, mas o vínculo é real. Quem dorme mal, ou dorme pouco, tende a ter picos de pressão e aumento do cortisol, o hormônio do estresse. E esse desequilíbrio, quando constante, contribui para o agravamento do quadro hipertensivo.
Buscar formas de relaxar, desacelerar no fim do dia, evitar telas antes de dormir e criar uma rotina de sono consistente ajudam o corpo a se reequilibrar. Técnicas de respiração, pausas durante o trabalho e até momentos simples de lazer têm efeito direto na saúde emocional e, consequentemente, na pressão arterial.
Medir a pressão e acompanhar com responsabilidade
Mesmo com todos esses cuidados, quem já recebeu diagnóstico de hipertensão deve manter acompanhamento médico contínuo. Em muitos casos, será necessário usar medicamentos diariamente para manter a pressão sob controle.
Medir a pressão com frequência, em casa ou nas unidades de saúde, permite ajustar o tratamento e evitar sustos. Afinal, o grande perigo da hipertensão é justamente sua discrição, ela pode estar ali, causando danos em silêncio.
Quando o cuidado cabe na rotina
Não é preciso fazer mudanças radicais para controlar a hipertensão. Pequenas atitudes, repetidas com constância, têm o poder de transformar a saúde ao longo do tempo. E mais: esse cuidado não precisa ser solitário. Famílias que se alimentam melhor juntas, que se movimentam, conversam e cuidam da saúde como algo coletivo, tendem a ter resultados mais duradouros.
A hipertensão não precisa ser um peso. Com conhecimento, apoio e hábitos saudáveis, ela se torna apenas mais um fator a ser administrado e não um obstáculo para viver bem.

Silenciosa, comum e perigosa, a pressão alta pode ser controlada com mudanças simples no dia a dia e isso pode salvar vidas
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