Cerca de 40% dos produtores já retiraram sua carta de crédito |
O que é inteligência emocional e como desenvolver

Num mundo em que tudo acontece depressa, mensagens, cobranças, prazos, comparações, ter inteligência emocional deixou de ser um luxo ou uma teoria bonita. Passou a ser uma necessidade real. Cada vez mais, saber nomear o que se sente, entender os próprios limites e ter empatia nas relações são diferenciais tanto na vida pessoal quanto no trabalho.
Mas, afinal, o que é exatamente inteligência emocional? E como alguém que se sente desorganizado internamente, explosivo ou inseguro pode desenvolver isso?
Entendendo o que sentimos
A inteligência emocional, termo que ganhou força com o psicólogo Daniel Goleman nos anos 1990, é a capacidade de reconhecer, compreender e administrar as próprias emoções e também lidar com as emoções das outras pessoas.
Parece simples, mas não é. Porque muita gente passou a vida ignorando o que sente, empurrando para debaixo do tapete, fingindo que está tudo bem ou reagindo no impulso, sem espaço para elaborar o que realmente se passa dentro de si.
Desenvolver inteligência emocional não é "virar zen", nem deixar de sentir raiva, tristeza ou medo. É conseguir perceber essas emoções quando elas surgem, entender o que as provoca e escolher, com mais consciência, como agir diante delas.
Inteligência emocional se aprende
Ao contrário do que muitos imaginam, inteligência emocional não é um dom reservado a pessoas naturalmente calmas ou introspectivas. É uma habilidade que se constrói, pouco a pouco, com autoconhecimento, prática e disposição para rever velhos padrões.
O primeiro passo é se observar com mais atenção. Como você reage quando se frustra? Quando alguém discorda de você? Quando erra? Essas pequenas reações cotidianas dizem muito sobre como sua inteligência emocional está e por onde ela pode crescer.
Outra chave importante é aprender a nomear as emoções. Em vez de dizer apenas "estou mal", tentar identificar se o que se sente é ansiedade, vergonha, cansaço, irritação ou medo. Isso dá clareza e ajuda a agir de forma mais equilibrada.
Empatia não é ceder sempre
Pessoas emocionalmente inteligentes costumam ser mais empáticas, porque conseguem se colocar no lugar do outro sem apagar seus próprios limites.
Ouvir alguém sem interromper, validar o que ela sente, perceber quando uma conversa precisa de pausa ou cuidado, tudo isso é prática de empatia. No trabalho, isso faz diferença em equipes mais saudáveis. Na vida pessoal, evita muitos conflitos desnecessários.
Vale lembrar: empatia não é dizer “sim” para tudo, nem se anular. É apenas sair do próprio ponto de vista por um instante e enxergar que o outro, do lado de lá, também sente.
O corpo fala e também guarda emoções
Muita gente que começa a trabalhar a inteligência emocional percebe que o corpo carrega sinais emocionais antigos: tensão no pescoço, dores no estômago, insônia, taquicardia. Ignorar esses sinais é como deixar um alarme disparando sem buscar a origem.
Por isso, práticas que envolvem corpo e mente, como meditação, yoga, terapia ou até caminhadas conscientes, ajudam a fortalecer essa conexão com as emoções. Respiração, por exemplo, é uma ferramenta poderosa, simples, mas transformadora, que permite desacelerar nos momentos mais intensos.
Pequenas atitudes que criam grandes mudanças
De acordo com o Portal da APA, a inteligência emocional se desenvolve no cotidiano: ao respirar fundo antes de reagir, ao aceitar que não se pode controlar tudo, ao se desculpar com honestidade, ao colocar limites sem agressividade.
É também um exercício de compaixão, com os outros e com você mesmo. Nem sempre vai ser fácil, e nem sempre você vai conseguir acertar de primeira. Mas quanto mais presença e consciência se coloca nos próprios processos, mais leve a vida se torna.
No fim das contas, ser emocionalmente inteligente é mais do que estar bem o tempo todo. É saber lidar com o que acontece, mesmo quando está difícil.
Fonte: portal APA

Saber lidar com as próprias emoções e entender o outro virou uma habilidade essencial e, sim, isso pode ser aprendido
Mais sobre:
Deixe seu comentário