Negócio em família

  • Divulgação -

Na família Moss, sete irmãos trabalham juntos em um negócio que tem ganhado destaque regional

Alimentação, festas, eventos. Um nicho de mercado descoberto pela família Moss, que viu neste ramo a oportunidade de crescer e empreender em São Miguel do Oeste e região. Os negócios da família, que foi criada no meio rural, iniciaram com a aquisição de 50% da Chopp Chaplin, por Airto Moss, ainda em 1996. Desde então, os negócios expandiram, a família se envolveu, e hoje são proprietários da tradicional choperia, do Restaurante Novo Casarão, de parte da Farol e da empresa de eventos Chaplin, que é responsável pela organização da maioria das grandes festas realizadas atualmente na região.
Segundo Airto Moss, a expansão dos negócios, principalmente com a aquisição e criação de novas empresas, foi pela oportunidade de bons negócios que não eram tão explorados na região. "Percebemos o nicho de mercado existente e fomos nos adaptando a essa realidade, principalmente quando resolvemos trabalhar com a realização de eventos, que é o nosso maior foco atualmente, ressalta".
A família também está pleiteando a licitação para a administração da Cantina da Unoesc, mantendo o trabalho na produção de verduras, que foi reduzido e hoje atende somente a demanda das empresas da família.

O INÍCIO
Airto explica que o negócio iniciou quando ele trabalhava para a antiga revenda da Antártica em São Miguel do Oeste, comandanda pela família Mallmann, que o convidou para a sociedade da Chopp Chaplin. "De acordo com a necessidade, até mesmo de mão de obra, a família foi entrando no negócio. E, até para ser mais justo e realmente funcionar, criamos a parceria entre os irmãos. Como o trabalho foi feito e as empresas cresceram, cada um entrou com uma parcela e a sociedade foi se formando. Hoje, a Chopp Chaplin, que iniciou em 1996 em sociedade, é só da família Moss", explica.
Já em 2000, a família adquiriu o Novo Casarão, sendo hoje 50% de todos os irmãos e outros 50% de uma das irmãs Moss. Depois, venho realização de eventos - formaturas, casamentos, eventos comerciais e de associações. "Esse foi o ramo em que vimos novas oportunidades e resolvemos investir amplamente nessa área, com grandes aquisições - como mesas, cadeiras, pratos e toda a estrutura. Foi assim que abrimos espaço na realização de eventos de uma forma como não se via em SMOeste e região, já que não existia uma empresa especializada na efetivação desses grandes eventos. Hoje, estamos focados nisso e com capacidade para servir seguramente de 2,5 mil até três mil pessoas em um evento", enfatiza.

TRABALHO E FUTURO
Atualmente, a atividade em família, segundo Airto, deve passar por uma reestruturação, já que a carga de trabalho está em um nível exagerado. "Hoje, a carga de trabalho de cada um está no limite, sacrificando dias, noites, finais de semana. Isso direto, chega o momento que é preciso reestruturar e estamos optando por isso. Essa é uma das vantagens de se trabalhar em família, porque todo mundo pega junto, não importa se é domingo, feriado. Cada um também se aperfeiçoou em uma área, o que faz com que o negócio funcione. Por outro lado, é um pouco mais difícil ter uma hierarquia quando se trabalha em família, como teria em um outro tipo de empresa", enfatizam.
Hoje, são sócios os irmãos Adilson (que também é funcionário da Epagri), Adair, Arlete, Auria, Ivanete e Airto, que conta, ainda, com a participação da esposa Rose. A outra irmã, Aurita, e o esposo Valdecir também trabalham de forma remunerada para a família. Segundo Airto, eles devem entrar para a sociedade nos próximos investimentos a serem realizados. Os pais, Pedro e Regina Moss, também acompanham o trabalho dos filhos, principalmente na produção de verdura. Ao todo, nas empresas trabalham mais de 100 pessoas, contando aqueles que atuam como "freelancers" em eventos e também na Farol. Airto não precisou valores já investidos nos negócios da família, mas destacou que, hoje, já dispondo de capital, ficou bem mais fácil de se fazerem novos investimentos. "Quando a gente vem do nada, do zero, pra conseguir um resultado é muito difícil. Quando se tem um determinado capital, a coisa fica mais fácil. No nosso caso, que saímos do nada, acumular uma determinada reserva para crescer leva muito tempo e trabalho. O que nunca tivemos e nem pudemos ter foi medo de pegar junto, trabalhar duro. Porque, neste período, não foi uma, nem foram duas as vezes que viramos dias e noites trabalhando. Não se trataram de oito horas de trabalho, já foram diversas vezes de 18 horas, 24 horas e até de 36 horas de trabalho contínuo em um ramo que é bem ingrato nesse sentido, porque trabalhamos com o lazer e a diversão das pessoas. Enquanto elas se divertem aos sábados e domingos, nos feriados, no Natal e Ano Novo, a gente trabalha. Isso é bem desgastante, mas estamos dispostos a modificar essa prática, porque essa nossa rotina não pode continuar desta maneira por mais muito tempo. Temos que ter qualidade de trabalho, mas principalmente de vida", entafiza Moss.
O próximo projeto da família Moss é canalizar todas as empresas de hoje em um único espaço. "Trabalhamos com um período de dois anos para concretizar esse projeto, onde teremos um ambiente melhor, melhorando o nosso trabalho e o atendimento. Se for possível, queremos juntar os negócios e ainda ter um espaço para a realização de grandes eventos. Hoje, todos os nossos negócios estão instalados em prédios alugados e com um espaço próprio iria mudar muito", afirma.
Um ponto destacado e, segundo Moss, tido como fundamental para o sucesso nos negócios da família foi a especialização e o estudo de cada um. "Todos estudaram ou ainda estudam, fizeram graduação, pós-graduação e outros cursos. No início, brincávamos que eu era, dentre todos, o único bodegueiro com curso superior, pós e curso de idiomas. Brincadeiras à parte, o próprio curso de espanhol que eu fiz me ajudou muitas vezes a atender clientes, situação que eu nunca imaginei, mas temos que estar preparados para o que der e vier", enaltece.

UM NOVO RAMO
O mais recente investimento da família Moss é a casa de shows Farol, que foi totalmente remodelada para atender a necessidade local, com investimentos de 50% da família que tem outros dois sócios. De acordo com Airto, no início da nova sociedade foram diversas as dificuldades e a casa chegou a ficar fechada. Já em 2010, após várias modificações, foi possível recuperar o público e o prestígio. "A Farol é uma das melhores estruturas do Estado e umas da maiores casa de show, mas que precisou passar por diversas mudanças para retomar o trabalho como era em sua história, com grande participação de público e concentrando os maiores eventos. Agora, estamos trabalhando com uma programação diversificada e com foco no público local, mantendo os preços acessíveis",
A grande novidade na Farol foi o Farol Beck Door, um pub menor e mais aconchegante. "A Farol, como um todo, é muito grande, e com o Beck Door foi possível criar uma estrutura diferenciada, sendo realizadas festas agora em dois ambientes. Para o próximo ano, já estamos estudando uma reestruturação da própria Farol, com nova fachada e climatização, projeto que já está em andamento", destaca.

Caminhos para o empreendedorismo rural Anterior

Caminhos para o empreendedorismo rural

Música, arte, profissão Próximo

Música, arte, profissão

Deixe seu comentário

Nossas Redes

Impresso