Como está seu ácido úrico?

  • Folha do Oeste - Nefrologista Gelson Antonio dos Santos

O ácido úrico está entre as substâncias naturalmente produzidas pelo organismo. Ele surge como resultado da quebra das moléculas de purina (proteína contida em muitos alimentos) por ação de uma enzima chamada xantina oxidase. Depois de utilizadas, as purinas são degradadas e transformadas em ácido úrico. Parte dele permanece no sangue e o restante é eliminado pelos rins.

Geralmente, os níveis de ácido úrico no sangue podem subir porque a pessoa está eliminando pouco pela urina ou por interferência do uso de certos medicamentos.
A taxa de ácido úrico elevada é denominada hiperuricemia e como consequência disso formam-se pequenos cristais de urato de sódio semelhantes a agulhinhas, que se depositam em vários locais do corpo, de preferência nas articulações, mas também nos rins, sob a pele ou em qualquer outra região do corpo.

SINTOMAS

    De acordo com o nefrologista de São Miguel do Oeste, Gelson Antonio dos Santos, os sintomas de níveis elevados de ácido úrico no sangue podem gerar desde simples dores articulares até dores mais expressivas. Se não tratada adequadamente, o nefrologista destaca que a taxa elevada de ácido úrico pode levar a consequências graves como pedras nos rins, falência renal e a própria gota “que gera o que chamamos de ‘tofos gotosos’, que são semelhantes a tumores e que na verdade são causados pela deposição de acido úrico nas articulações. Com isso, a pessoa pode até ter problemas para se locomover”.

Os surtos dolorosos nas articulações em geral são sentidos nos membros inferiores como joelhos, tornozelos, calcanhares, dedos do pé. No entanto, o problema pode comprometer qualquer articulação.

DIAGNÓSTICO

    Conforme o especialista, o diagnóstico da doença é feito por um exame que mede a concentração de ácido úrico no sangue e exige oito horas de jejum para ser realizado.

TRATAMENTO E PREVENÇÃO

    Portadores desse distúrbio metabólico devem evitar o estresse físico, o uso de diuréticos e de anti-inflamatórios, assim como devem evitar a ingestão excessiva de alimentos e bebidas ricos em purina, como por exemplo carne vermelha, frutos do mar, peixes, como sardinha e salmão, e miúdos.

De acordo com o nefrologista, os índices elevados de ácido úrico podem ocorrer em qualquer pessoa e em qualquer idade. “A tendência maior é de o homem desenvolver esse problema, já que geralmente bebe mais do que a mulher, a faixa etária varia, mas em geral se dá a partir dos 30 anos. No entanto, qualquer pessoa pode desenvolver esse desequilíbrio, inclusive crianças, em decorrência de questões genéticas”.

Leite e derivados parecem melhorar a eliminação do ácido úrico e devem ser incluídos na dieta que, acima de tudo, precisa ser saudável e favorecer o controle da obesidade e da hipertensão.

“Uma boa dieta é mais que fundamental. O ideal é cortar bebidas como cerveja, com ou sem álcool, e também reduzir o consumo de alimentos ricos em acido úrico. Cuidando da alimentação, é possível ter um bom controle do problema. Não fazendo isso somente com remédios que em geral têm efeitos colaterais expressivos”, diz Santos.

Além da alimentação pouco calórica, quando necessário, podem ser indicados medicamentos para inibir a produção de ácido úrico (alopurinol) ou para aumentar sua excreção (probenecide e sulfinpirazona). Algumas pessoas precisam dos dois tipos porque têm excesso de produção e dificuldade de excreção dessa substância.

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