Atitude que determina o sucesso

  • Folha do Oeste -

A decisão de largar a vida de costureira para assumir atividades de marcenaria

Quem diria, há alguns anos, que a determinação de uma mulher seria a responsável pela manutenção do marido na profissão e da empresa da família no mercado. Um exemplo deste caso é Cleci Ghizzi. Costureira por mais de 12 anos, ela trabalhava em uma sala da própria casa para contribuir com a renda familiar. Enquanto isso, o marido abriu, em sociedade com o irmão, uma marcenaria. No momento em que este deixou a sociedade, o marido dela pensou em fechar as portas do empreendimento, mas foi a determinação da esposa que o fez mudar de ideia.

Corajosa, ela fechou a sala de costura, abriu mão da delicadeza de linhas e tecidos, e foi para frente de trabalho na marcenaria. Para quem, no começo, não sabia nada sobre o funcionamento da empresa, hoje lida com tranquilidade e firmeza quando o assunto é planejar, medir, lixar, montar e instalar os móveis sob medida que a empresa fabrica. Além disso, de todo trabalho manual, o atendimento aos clientes, as cobranças e os serviços de banco também fazem parte das funções acumuladas por Cleci.

E quem pensa que a dureza do trabalho é predominante na personalidade se engana. Mãe de dois filhos que já trabalham também na empresa familiar, ela consegue lidar muito bem com a jornada de trabalho durante o dia, e que por vezes se estende noite adentro montando móveis, com a função de dona de casa e mãe de família. “A gente sabe separar as coisas. Quando estamos trabalhando, falamos sobre as coisas de lá, mas quando vamos para casa esquecemos tudo e fazemos tudo em conjunto também. Isso facilita”, explica.

Por mais que nunca tenha ligado para os comentários sobre o trabalho que desempenha, ela comenta que, inicialmente, todas as vezes que iria sair da empresa, toda suja, se olhava e imaginava o que as outras pessoas diriam. Foi então que ela teve a ideia de usar uma camiseta com o nome da empresa, já que se toda vez precisasse trocar de roupa, o serviço não renderia. Assim, quem visse, saberia que estava suja porque estava trabalhando.

Cleci conta que nunca foi muito vaidosa e também não se importa com o que os outros pensam sobre o seu trabalho. “Tem gente que olha meio estranho, mas eu não dou bola. Esses dias estávamos fazendo uma entrega e começou a chover. A gente teve que estacionar a caminhonete num posto e amarrar uma lona. Eu subi e comecei a secar as coisas e puxar a lona. Pra mim é natural”, relata ela.

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