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Oeste acumula prejuízos com as chuvas

Dezenas de pontes ficaram submersas durante o final de semana
Praticamente desde a quarta-feira passada, dia 21, a região sul do Brasil sofre com inundações e desmoronamentos devido às fortes e intensas chuvas. No Extremo Oeste catarinense, a situação não é diferente e muitos municípios estão sofrendo com o excesso de água. São casos de transbordamentos de córregos que invadem as estradas e danificam as construções das proximidades, estradas que estão se deteriorando, pois as valetas ou boeiros não conseguem dar vasão, além de pontes submersas e danificadas.. Isso sem contar com a agricultura, que acumula prejuízos desde a semana passada. Vários municípios da região também decretaram situação de emergência no começo desta semana.
Os agricultores que ainda não conseguiram fazer a colheita do milho e soja também terão alguns prejuízos caso a umidade persista.
Conforme o gerente regional da Epagri, João Carlos Biasibetti, os principais prejuízos estão ligados às pastagens de inverno para alimentar os animais, como a aveia que estava semeada. "A atividade mais prejudicada foi a bovinocultura de leite, em função das pastagens, pela impossibilidade de soltar os animais no pasto e muito barro nas construções. Agora estão no final os ciclos de pastagens de verão e a qualidade é menor. Foi utilizada a silagem para compensar a alimentação dos animais e isso afeta a produção de leite", informa.
Biasibetti observou que também houve erosão nestas áreas onde o pasto foi semeado e estradas em todos os municípios foram danificadas. "Várias prefeituras haviam arrumado as estradas, e como os trabalhos eram recentes a chuva prejudicou. A colheita da soja e do milho não será muito afetada, pois praticamente foi toda colhida. Existem algumas lavouras que foram plantadas mais tarde e essa chuva não fará o milho, que está nas lavouras, brotar", afirma.
Sobre o volume de chuvas, o gerente disse que no medidor da Epagri foi registrado 261 mm de chuva desde o dia 21, mas no centro de São Miguel a chuva passou dos 320 mm, ou seja, 320 litros de água por metro quadrado. "No verão, a necessidade de chuvas é de 6 mm por dia e agora no outono isso cai para 4 mm. Nestes dias choveu o volume esperado para três meses", observou.
Ainda de acordo com ele, as chuvas do ano estão se mantendo em quantidade dentro da média histórica, porém o que está acontecendo com o clima são os altos volumes concentrados. "É muita chuva em poucos dias e isso acaba causando problemas na agricultura. Depois isso acaba faltando", conclui.
Em Bandeirante, o secretário de Obras Ademir Zuffo disse que os prejuízos não foram exagerados, mas houve danos nas vias. "Comparando com o volume de chuva, os danos até foram poucos. Nesta enchente, várias pontes ficaram submersas mas não tiveram maiores danos porque estavam em boas condições", resumiu Zuffo.
No município de Paraíso, as estradas também foram as mais prejudicadas. Segundo o prefeito Erni Giacomini (PMDB), os boeiros entupiram e vários pontos de estradas foram danificados, mas em pontes também não houve prejuízos. "A equipe da Secretaria de Obras está no trecho, recuperando os pontos críticos. Nossas estradas estavam praticamente todas reformadas e agora temos que recuperá-las. Inclusive a ponte internacional no Rio Peperi-Guaçú ficou debaixo d'água. Não tivemos prejuízos, somente trabalhos de limpeza no camping da prefeitura", explicou Giacomini.
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