DEM abandona Tríplice Aliança para traçar caminho próprio

Partido não abre mão da candidatura do senador Colombo

A semana começou turbulenta no cenário político estadual e abriu margem para muitas especulações. Na segunda-feira, em reunião de seu diretório estadual, os Democratas oficializaram o afastamento da Tríplice Aliança do Governo do Estado, que era composta pelo próprio DEM, PMDB e PSDB. O partido despediu-se da aliança, colocando os quase 30 cargos a disposição do governo, com um documento de duas páginas, contendo um breve histórico da formação da tríplice aliança, propósitos e resultados da coligação formada para reeleger Luiz Henrique da Silveira.
A nota, formulada por vários membros da cúpula partidária, foi lida pelo vice-presidente, deputado Paulo Bornhausen, e aprovada por aclamação pelos membros do diretório e líderes democratas catarinenses, no diretório estadual do partido, em Florianópolis.
O presidente, senador do partido e pré-candidato ao Governo do Estado, Raimundo Colombo, esclareceu que não há rompimento, briga ou questionamentos. De acordo com ele, o partido optou por construir um caminho e consolidar seu próprio projeto. “O momento agora, é de ir para a rua, para as praças, exercer um grande trabalho de mobilização, buscando espaço para as jovens lideranças, que precisam participar do processo político”.
Colombo garantiu que o DEM terá candidatura majoritária e não abrirá mão, seja em coligação, seja em chapa pura. “A questão e o tratamento de possíveis alianças para as eleições de outubro ficarão para um outro momento. A única coisa que já temos decidida, nesse âmbito, é o apoio do Democratas de Santa Catarina ao presidenciável do PSDB, o governador de São Paulo, José Serra”.
Com a decisão, cinco cargos de secretário de desenvolvimento regional foram colocados à disposição, além de cinco secretários de Estado, quatro presidente de empresas de sociedade mista, autarquias e fundações, além de 13 diretores e gerentes, distribuídos em setores do governo. Na SDR de São Miguel do Oeste foram colocados à disposição os cargos na Assessoria Jurídica, Infraestrutura e Saúde. Na SDR de Dionísio Cerqueira, acontece o mesmo com o secretário Alcedir Casagrande e a gerente de saúde. Em Itapiranga, está à disposição somente o cargo na gerência de Educação.
Para o presidente do DEM em São Miguel, Wilson Trevisan, foi uma decisão difícil mas necessária, para o partido manter o projeto de Colombo como governador. “Essa foi a única forma de mantermos a candidatura dele. Havia um acerto inicial de que o indicado sairia através de pesquisas, mas agora o PMDB está fazendo suas prévias para escolher o seu candidato. Isso mostra que eles não irão cumprir o acordo, pois o Colombo aparece na frente dos demais postulantes nas pesquisas ”, afirmou.
Trevisan argumenta que com esse posicionamento, o DEM mostra que está buscando um projeto e não simplesmente cargos no governo. “Na eleição passada, o Colombo era para ser o candidato, mas houve um acordo e ele foi eleito para o senado. Neste momento é irreversível a candidatura dele”, diz Trevisan.

 

Alguns trechos da nota divulgada pelo DEM

* Em 2006 foi formada a denominada “poli-aliança” em Santa Catarina ,visando apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) e José Jorge (PFL atual DEM) para Presidente e vice, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) e Leonel Pavan (PSDB) para Governador e vice, e Raimundo Colombo (PFL atual DEM) para o senado;
* A coligação formada foi, em todos os níveis, amplamente vitoriosa em Santa Catarina e como conseqüência o DEM passou a integrar a administração estadual, bem como a respaldar os projetos constantes do plano de governo, através de sua bancada na Assembléia Legislativa;
* Em 2009, por iniciativa e liderança do Governador Luis Henrique, os três maiores partidos da “polialiança” e os quatro postulantes a uma candidatura comum a Governador passaram a se reunir, ficando decidido que se não fosse conseguido o consenso, no início de 2010 seria fixado um critério para que a escolha recaísse naquele que viesse a ter as melhores condições de vitória, daí se definindo a chapa majoritária;
* Terminado o ano sem que fosse alcançado o almejado consenso, aguardou o DEM que fossem estabelecidos prazo e critério para escolha do melhor candidato, com todos os postulantes e partidos interessados conhecedores do fato de que em todas as pesquisas, públicas e reservadas, sempre o Senador Raimundo Colombo esteve com boa margem à frente dos demais postulantes;
* No mês de março, o PMDB resolveu marcar prévias para escolher seu candidato a Governador, e o PSDB, consultado, não se dispôs a definir desde logo a sua posição;

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