Saúde

Vacinação contra gripe e Covid pode reduzir risco de infarto e AVC

Vacinação contra gripe e Covid pode reduzir risco de infarto e AVC
Foto: freepik

Vacinar-se contra gripe, Covid-19 e outros vírus respiratórios pode reduzir significativamente o risco de infarto, AVC e insuficiência cardíaca. Essa proteção é ainda mais importante para pessoas que já têm doenças cardiovasculares ou risco aumentado de desenvolvê-las.

De acordo com evidências de estudos europeus, norte-americanos e multicêntricos, a imunização está associada a reduções de até 41% na mortalidade cardiovascular em um ano e menor número de hospitalizações.

Como a vacinação protege o coração

A proteção ocorre porque as vacinas ajudam a prevenir processos inflamatórios desencadeados por infecções respiratórias, que podem desestabilizar placas de aterosclerose e formar coágulos.



“O risco de infarto é até seis vezes maior nos sete dias seguintes ao início de uma gripe confirmada, voltando ao normal depois desse período”, explica o cardiologista Múcio Tavares de Oliveira Jr., autor do artigo e membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo.


Evidências científicas


Vacina contra gripe: estudo com 2.500 pacientes que tiveram infarto mostrou redução de 41% nas mortes cardiovasculares em um ano entre vacinados.

Insuficiência cardíaca: em 5.000 pacientes, houve redução de 23% na mortalidade cardiovascular, 21% na mortalidade por todas as causas e 24% nas hospitalizações após vacinação contra gripe.

Covid-19: pacientes vacinados tiveram até 37% menos necessidade de UTI e cerca de 30% menos risco de morte em um ano.

Vírus sincicial respiratório: infecção aumenta até 18 vezes o risco de eventos cardiovasculares graves, como arritmia ou descompensação da insuficiência cardíaca.

Desafios para aumentar a cobertura vacinal

Apesar dos benefícios, a adesão às vacinas ainda está abaixo do ideal. Desinformação e resistência cultural são obstáculos. Especialistas defendem que cardiologistas e equipes de atenção primária incluam a vacinação como parte do acompanhamento de pacientes de risco.



“Vacinar não previne apenas infecções, mas reduz eventos fatais como infarto e AVC. É uma intervenção de impacto em saúde pública”, reforça Oliveira Jr.


Política pública e diretrizes

A Sociedade Europeia de Cardiologia já recomenda a vacinação contra influenza e Covid-19 para prevenção secundária em cardiopatas e idosos. No Brasil, o Programa Nacional de Imunizações (PNI) oferece vacinas pelo SUS para grupos de risco, incluindo pessoas com doenças cardíacas e hipertensão.


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