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Ação intensificará combate ao Aedes Aegypti em São Miguel do Oeste

O município de São Miguel do Oeste adotará uma nova estratégia para combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, Zika Vírus e Febre Chikungunya, trata-se da instalação de uma rede de armadilhas ‘Ovitrampas’. A informação é do coordenador do Setor de Combate as Endemias do Município, Renério Dill.
Segundo o coordenador, o método é desenvolvido pelo Ministério da Saúde juntamente com a Fiocruz, sendo adaptado para a região e a realidade local. As armadilhas para identificação da presença do Aedes Aegypti serão instaladas em todo o perímetro urbano.
No momento, a equipe está definindo os locais para instalação das ‘Ovitrampas’ no centro e bairros, nas residências e estabelecimentos comerciais. A intenção é de no início do mês de agosto fazer a instalação das armadilhas, que ficarão nos locais definidos por cinco dias. “Este é o período que os mosquitos que estiverem na região, em um raio de 300 metros, vão fazer a postura do ovo na palheta da ‘Ovitrampa’. Após os cinco dias vamos recolher e analisar as armadilhas. O processo se repetirá todos os meses. Com isso vamos identificar áreas prioritárias, fazer monitoramento, vistoria e ações. O levantamento vai apontar a priorização de área de trabalho”, pontua.
Conforme o coordenador do setor, para a instalação será necessária a colaboração da comunidade. O pedido é para que a população receba a equipe, conheça a proposta e permita a instalação das armadilhas. As armadilhas serão instaladas, preferencialmente, na parte externa das residências, mas que fique abrigada da chuva e do sol. Durante os cinco dias, não se pode mexer nas armadilhas, senão comprometerá o levantamento. “Diferente das antigas armadilhas, vamos coletar o ovo do mosquito, por isso são cinco dias”, explica.
Renério acrescenta que os locais para instalação das ‘Ovitrampas’ serão definidos de forma aleatória. “Não significa que o problema está naquela casa, eu só preciso de um local para instalação e essa armadilha vai fazer um monitoramento em um raio de 300 metros. Vai servir apenas como uma base”, acrescenta.
Estão mapeadas 162 armadilhas e o pedido é de adesão da população. “Precisamos do apoio da comunidade. Que as pessoas disponibilizem o espaço para a instalação das armadilhas. Isso é importante para que possamos fazer um bom monitoramento do perímetro urbano, e com isso identificar e intensificar as ações nas áreas prioritárias. Nosso trabalho é em prol da saúde pública”, reforça.
Renério cita ainda que com essa metodologia a equipe terá os dados de qual é a área prioritária no município, e todos os ovos identificados também serão retirados do ambiente, uma forma de também controlar a quantidade de mosquito na cidade. Após o levantamento, as palhetas das ‘Ovitrampas’ serão incineradas, para eliminar os ovos existentes e tentar amenizar a situação no município. “Tudo o que está ao nosso alcance estamos procurando fazer, e precisamos a contrapartida e o apoio da população”, salienta.
Para o coordenador, o cenário com relação a dengue é sempre preocupante no município, porque São Miguel do Oeste é considerado infestado pelo mosquito Aedes Aegypti. Outro fator que preocupa a equipe é o crescente número de casos da doença e de óbitos por dengue, a nível nacional. “Isso mostra que realmente há uma necessidade de se intensificar os cuidados e trabalhar na prevenção. E a prevenção não é só o órgão público que faz, a comunidade precisa estar envolvida e fazer a sua parte, redobrar os cuidados, não deixar recipientes e depósitos com água parada, fazer a limpeza adequada dos recipientes com água dos animais, não deixar água parada em vasos de flores, entre outras medidas simples e necessárias”, enfatiza.
Renério ainda reforça que os cuidados e o combate ao mosquito precisam ser mantidos inclusive no período do inverno. Conforme ele, o frio faz com que o mosquito fique menos ativo, porém o ovo permanece no ambiente, com frio ou sol, por até um ano e meio. Se neste período tiver contato com a água, vai eclodir, se desenvolver e virar o mosquito. Por esta razão, os cuidados precisam ser mantidos durante o ano todo.
SAIBA MAIS
Em São Miguel do Oeste, 604 casos de dengue foram confirmados neste ano. A informação foi divulgada na manhã desta sexta-feira, dia 18, pela Vigilância Epidemiológica Municipal. Do total, 590 casos foram identificados como autóctones, sete indeterminados e sete importados. O último caso positivo foi registrado em 16 de junho.
Neste ano, no mês de janeiro foram confirmados dois casos de dengue, em fevereiro foram 41 casos confirmados, em março o número de casos foi de 196, em abril foram 274, em maio foram 69 confirmações e em junho foram 22 casos. Até o momento, os locais com maior número de confirmações de pacientes com dengue foram: São Jorge - 127 casos, Centro – 118 casos, e São Gotardo – 65 casos.
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