Seu filho não quer mais estudar?

  • da internet -

Parceria entre escola e família é fundamental para que este desgosto pelos estudos diminua

  Na adolescência, a vida social vai ficando mais interessante. Namoros, baladas, liberdade, possibilidade de ficar mais fora de casa, de sair sozinho, navegar na internet, ficar horas em frente do computador e utilizar o celular. Além disso, vários outros fatores competem com o momento de estudos e preparação dos jovens para as provas de final de ano. Bastante comum, o problema de desinteresse pelos estudos parece atingir cada vez jovens estudantes. Segundo a orientadora educacional e psicopedagoga Ludimila Andréia Belletz De Mello, este problema parece estar mais visível hoje, pois anos ou mesmo décadas atrás as pessoas não tinham tanto compromisso com os da escola, estudavam os que ?podiam? e depois aqueles que tinham interesse, visto que uma grande maioria tinha que ajudar nos afazeres de casa, da roça, e a escola era deixada em segundo plano. ?Hoje, vemos que falta às crianças ?desejo? pelos estudos, pois muitos vêm para a escola sem o gosto e a vontade de estudar, e vemos isso não somente em jovens, mas também em crianças de três a cinco anos, já que a escola para eles não é mais tão atraente.

?Estamos inseridos em um processo onde tudo é mais rápido, onde o pensamento é acelerado, precisamos pensar no futuro com mais preocupação?

Em conversa com outros educadores não conseguimos chegar a um consenso do que eles esperam da escola hoje e o que eles querem para o seu futuro?, salienta.
A psicopedagoga destaca que na maioria dos casos é possível observar que são os jovens os mais atingidos por esta onda de não querer mais estudar, e ir para a escola por ?obrigação mesmo?. Acredita-se que alguém ou um sistema os impede de se evadir da escola até uma certa idade. Há falhas na estrutura do ensino em várias escolas, os conteúdos são apresentados sem que se faça uma conexão com a vida real. Ou seja, a melhor maneira de incentivá-los ao aprendizado é mostrar ao jovem para que serve, na prática, o que ele está estudando. ?Vejo que muitos dos porquês desta situação são os educadores, que muitas das vezes vêm com má vontade para a sala de aula e passam este sentimento para os alunos. Penso que muitos desses profissionais deveriam passar por uma reciclagem e ?aprender a ver o aluno?, sua realidade, suas ambições, seu cotidiano, seus objetivos enquanto ser humano, que tem desejos e sonhos; além do que, nossas experiências como educadores devem ser repensadas pois as pessoas mudaram, os alunos têm outros propósitos/objetivos, o mundo mudou?, considera a orientadora educacional.
Ludimila ressalta que hoje há muitos outros motivos que levam o aluno a deixar de estudar, como a necessidade de entrar no mercado de trabalho, a falta de interesse pela escola, as dificuldades de aprendizado que podem acontecer no percurso escolar, as doenças crônicas ou mesmo a falta de incentivo dos pais. ?Estamos inseridos num processo onde tudo é mais rápido, onde o pensamento é acelerado, precisamos pensar no futuro com mais preocupação.
Uma ideia para que todo este trabalho seja feito é ter uma conversa com os pais ou responsáveis do aluno para que ele fale sobre o mesmo, para que suas habilidades e dificuldades sejam de conhecimento dos educadores. Com certeza, a parceria entre escola e família é fundamental para que esta falta de gosto pelos estudos diminua, pois se a escola fizer o trabalho dela e a família não, não conseguiremos atingir nossos objetivos com relação aos nossos educandos, que necessitam tanto de nossa atenção e de nosso olhar, com mais carinho e dedicação. O que pais e educadores podem estar fazendo é conscientizar os filhos/alunos da importância dos estudos tanto para seu presente como para o futuro, pois o mercado de trabalho está muito competitivo e exigente, onde pessoas com formação não conseguem emprego, imagina quem não possui nem o Ensino Médio?, argumenta a educadora.
Os pais precisam se envolver com o processo de aprendizagem como um todo, não somente no momento da prova. É preciso levar o cotidiano escolar para o cotidiano da família. Muitas vezes, é preciso ajudar o filho a pegar o ritmo de estudar. Organizar horários, olhar cadernos, cobrar tarefas, enfim, acompanhar mais de perto todo o processo educacional. 
Estudar é necessário e seu filho precisa disto. Mas se os pais não estão conseguindo dar conta desta tarefa doméstica de preparação para os teste finais na escola, devem buscar ajuda. Muitas vezes, a dificuldade está em como se trata o assunto e não necessariamente no assunto.
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