Pílulas anticoncepcionais

  • Folha do Oeste -

Saiba a diferença de cada método e a mais indicada para cada caso

A pílula anticoncepcional (anticoncepcionais hormonais orais combinados) foi criada pelos médicos americanos Gregory Pincus e Carl Djarassi, entre 1950 e 1955, e mudou uma geração. A partir delas, as mulheres puderam escolher ser mães e não apenas atuar como reprodutoras - fator sexual da época. Sua invenção teve enorme impacto social, ao liberar centenas de milhões de mulheres do fardo da gravidez indesejada. Isso incentivou o surgimento de uma classe de mulheres profissionais nas sociedades modernas, e foi uma das prováveis causas da “revolução sexual” dos anos 70, ao permitir o sexo fora do casamento sem medo da gravidez.
Mais de 60 anos após a criação da pílula, ela continua sendo o principal método anticoncepcional no mundo e evoluiu muito. Atuando não só como anticoncepcional, exerce também importante papel na redução nos casos de doença inflamatória pélvica, nos cistos funcionais de ovário, na incidência do adenocarcinoma de ovário, na frequência do adenocarcinoma de endométrio, da doença benigna da mama, da dismenorréia e dos ciclos hipermenorrágicos, e na redução da anemia.
O ginecologista Giovani Baldissera (Cremesc 17023) explica que as pílulas anticoncepcionais são compostas por dois hormônios sintéticos, o estrogênio e o progestogênio, semelhantes aos produzidos pelo ovário da mulher. “As pílulas combinadas atuam basicamente por meio da inibição da ovulação, além de provocar alterações nas características físico-químicas do endométrio e do muco cervical. São métodos muito eficazes quando usados corretamente, com taxa de falha de apenas 0,1% no primeiro ano de uso. Em uso habitual, atinge valores de 6 a 8%”, enaltece.
Segundo o médico, apesar da eficácia da pílula, tudo depende do uso correto do método anticoncepcional. A indicação da pílula deve ser feita pelo médico ginecologista. É ele quem vai determinar qual pílula é mais indicada para cada mulher. Não é por que a sua vizinha usa determinada pílula, que você pode tomar a mesma. Cada organismo tem uma necessidade.

Método injetável
As pílulas são as mais comuns, mas muitas mulheres não se adpatam a ela ou optam por períodos mais longos sem menstruação. Nestes casos, são utilizados os anticoncepcionais injetáveis. “São injetados hormônios que evitam a ovulação em certo período (mensal ou trimestral). Após a interrupção das injeções, é possível engravidar seis meses depois. Sua eficácia é de aproximadamente 98,5%. Deve ser utilizado com prescrição e acompanhamento médico”, explica Baldissera.

Implante
Outro método possível, ainda com o uso de hormônios, são os implantes subcutâneos. “São implantados no braço pequenos bastões que contêm hormônios, os quais impedem a ovulação e são liberados gradativamente, por até cinco anos. Após a interrupção do uso desse método, é possível engravidar após um ano”, destaca o médico.

Pílula do dia seguinte
Um método que se popularizou na última década, mas que deve ser ministrado com cautela, é a pílula do dia seguinte. Conforme o ginecologista, essa pílula contém grande quantidade de hormônios (levonorgestrel), que cria um ambiente desfavorável aos espermatozóides e também evita a ovulação e deve ser utilizada em casos de emergência. “A pílula do dia seguinte não deve ser utilizada com frequência, pois pode desregular o ciclo menstrual. Deve ser tomada em até quatro dias após a relação sexual desprotegida; após esse período, a eficácia da pílula cai bastante. Ela somente previne a gravidez de relações sexuais anteriores, não futuras”, salienta Baldissera.

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