Colesterol: fique atento a esse mal

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Principais vilões do colesterol são alimentos de origem animal, em especial as vísceras, leite integral e seus derivados, embutidos, frios e pele de aves

Atrás de hábitos alimentares atraentes, mas perigosos, escondem-se os principais males, que fazem o colesterol extrapolar seus limites. Todos somos conscientes de que muitos alimentos saborosos e tradicionais em nossas mesas são maléficos e é difícil controlar o impulso. Com certeza você conhece alguém que tenha níveis elevados de colesterol no sangue, popularmente conhecido como colesterol alto, e vive de dieta, preocupando-se com o que comer. Buscando esclarecer um pouco mais você, leitor, o Folha do Oeste procurou profissionais do assunto para darem suas orientações e também formas de se precaver desse mal que, de acordo com o Ministério da Saúde, afeta cerca de 30% da população brasileira.

Conforme o professor e bioquímico da Unoesc que atua na Clínica CDI Vision de São Miguel do Oeste, Eduardo Ottobelli Chielle, diversas pesquisas têm demonstrado que alguns alimentos auxiliam no controle do colesterol, como por exemplo frutas cítricas, dentre elas o conhecido limão, porém os principais componentes que auxiliariam na redução do colesterol estariam em maior quantidade na casca do que no suco. "A linhaça e a berinjela são ricas em fibras solúveis, desse modo facilita o funcionamento intestinal e diminuem a absorção de gorduras. É indiscutível que a alimentação pode e deve contribuir para o tratamento da hipercolesterolemia, porém não deve ser usado isoladamente e sim com atividade física, dieta, orientações de profissionais e, caso necessário, medicações que reduzam o colesterol", alertou.

Segundo ele, o tratamento dietético principal consiste em diminuir a ingestão de colesterol, com a redução do consumo de alimentos de origem animal, em especial  vísceras, leite integral e derivados, embutidos, frios, pele de aves. Ele recomenda que o interessante é reduzir o consumo e retirar as gorduras presentes nos alimentos de origem animal e não cortar totalmente. Eduardo salienta que, sem dúvida, o fator genético é preponderante e determinante para o aumento do colesterol, porém não se caracteriza como único fator. "Podemos destacar também a obesidade, atividade física reduzida, dieta rica em gordura de origem animal, fumo, ingestão excessiva de bebidas alcoólicas entre outros. Esses fatores isolados podem contribuir para a hipercolesterolemia", explica.

O tratamento para reduzir o colesterol consiste numa série de fatores que inclusive são conhecidos e comentados nas conversas entre amigos, divulgados em veículos de comunicação, mas que na maioria das vezes não são seguidos. O tratamento consiste numa mudança do estilo de vida e muitas vezes é inevitável apelar para o uso contínuo e ininterrupto de medicamentos. "Aliás, hoje em dia existe uma série de medicamentos seguros e eficazes, inclusive distribuídos pelo Sistema Único de Saúde, que reduzem os altos níveis de colesterol", comenta.

Questionado se somente os "gordinhos" possuem colesterol alto, Eduardo afirmou que isso não é regra. De acordo com ele, pacientes obesos tem uma probabilidade maior em ter hipercolesterolemia, mas a prática laboratorial tem demonstrado que uma quantidade enorme de pacientes com colesterol alto são considerados magros, ou dentro do peso. "Os fatores genéticos e estilo de vida independem da obesidade", alertou.

O diagnóstico de hipercolesterolemia é feito através de exames laboratoriais, onde são dosados o colesterol total e suas frações: o LDL (mau colesterol), o HDL (bom colesterol) e o VLDL. Esses exames devem ser realizados em jejum, pela manhã, pelo menos uma vez ao ano. O valor de referência considerado desejável é inferior ou igual a 200 mg/dl. "As consequências mais importantes do aumento do colesterol relacionam-se com o sistema cardiovascular como angina pectoris (forte dor no peito, geralmente provocada por obstrução das artérias), aterosclerose (formação de placas de gorduras nas artérias), infartos, acidentes vasculares cerebrais (derrame, embolia)", ressaltou Eduardo Ottobelli Chielle.

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