Aterosclerose: uma doença fatal resultante do seu estilo de vida

Medidas simples no dia a dia podem evitar que você seja vítima da doença que acomete as artérias de todo o corpo

Na maioria dos países ocidentais, incluindo o Brasil, a aterosclerose é a doença mais frequente e a principal causa de morte. Uma doença considerada sistêmica, que acomete as artérias de todo o corpo, principalmente as do cérebro, do coração, dos rins, e de outros órgãos vitais, além dos braços e das pernas. A informação é do médico cardiologista Keilor Patta Butzke (CRM-SC 15.452).

De acordo com o profissional, quando a aterosclerose se desenvolve nas artérias que alimentam o cérebro, pode causar os acidentes cerebrais vasculares, popularmente conhecidos como “derrames” e “isquemia”, enquanto que, quando se desenvolve nas artérias que alimentam o coração (artérias coronárias), pode vir a causar um infarto do miocárdio, mais conhecido como “ataque cardíaco”. Segundo o cardiologista, em geral, a grande maioria dos infartos, anginas, morte súbita e acidentes vasculares cerebrais é produzida pela aterosclerose, uma doença de caráter inflamatório e não um processo degenerativo simplesmente, que se desenvolve ao longo de anos, caracterizada pela obstrução dos vasos sanguíneos, causada pela formação de ateroma e alterações nas funções da parede do vaso.

Os ateromas são placas, compostas especialmente por lipídios (principalmente o colesterol), que se acumulam na parede dos vasos, causando a diminuição do diâmetro do mesmo. “A aterosclerose é traiçoeira. Com o processo de obstrução dos vasos ocorrendo de forma insidiosa, ela pode iniciar ainda na infância, com os sintomas e as complicações acontecendo geralmente na vida adulta, quando os vasos sanguíneos geralmente apresentam obstruções mais significativas; sendo que os sintomas estarão relacionados ao órgão envolvido. Por exemplo: infarto e angina acometendo o coração”, explica.

Como já se sabe, a doença aterosclerótica é a principal causa de morte no Brasil e em outros países desenvolvidos, com grande impacto negativo trazido para as famílias, por isso devemos nos questionar quem está mais suscetível, como tratar, e evitar esse problema de saúde pública. “Sabemos que, na maioria das vezes, a aterosclerose está relacionada com os fatores de risco tradicionais: pressão alta, diabetes, colesterol elevado, tabagismo, obesidade, sedentarismo, gênero masculino. Existem ainda novos fatores de risco relacionados à gênese da aterosclerose, como alguns tipos de proteínas aumentadas no sangue (homocisteína). Não devemos esquecer também do HDL em baixos níveis, o “colesterol bom”, que é protetor quando em níveis adequados. Em algumas situações, notamos uma incidência elevada de eventos cardiovasculares em indivíduos de uma mesma família, muitas vezes precocemente, levando a pensar em uma predisposição genética, hereditária.

Quando analisamos em relação ao gênero, é notadamente aceito que o gênero masculino constitui um fator de risco para o desenvolvimento de aterosclerose. Como as mulheres estão protegidas até a menopausa, a doença aterosclerótica costuma se manifestar mais ou menos 10 anos após os homens; no entanto, após a menopausa essa frequência de eventos se iguala entre homens e mulheres. É preciso frisar que a causa isolada mais importante de morte na mulher é a doença cardiovascular aterosclerótica, ainda que a grande preocupação feminina seja a doença ginecológica e da mama”, relata o especialista.

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