Confira os principais projetos que entraram em tramitação na última semana |
Casa Acolhedora agora é Lar Aprisco

Em SJCedro, agora foi fundada a Associação Aprisco, mantenedora do Lar Aprisco
Agora, o município de São José do Cedro poderá receber crianças e adolescentes em uma nova modalidade de acolhimento – o Lar Aprisco, mantido pela Associação Aprisco, recentemente fundada.
O presidente da Associação Aprisco, Ismael Batista de Lima, explica que as mudanças ocorreram porque o modelo anterior, de família acolhedora, era de cunho municipal e que não poderia receber crianças de fora e nem um número maior de crianças. Anteriormente, a Casa Acolhedora Aprisco era mantida pela Associação Betânia, que agora continua como parceira do novo Lar Aprisco, principalmente na elaboração de projetos e no repasse de recursos. “Essas mudanças ocorreram porque a Casa Aprisco estava com um volume muito grande de atendimento e se fazia necessária a criação de uma nova associação, tendo em vista que a Associação Betânia também cresceu bastante, e achamos que com outra diretoria administrando o Lar Aprisco o trabalho irá fluir com mais rapidez e, certamente, com um sucesso maior”, explica.
Ismael destacou que desde o início a Casa Aprisco estava atuando na contramão da lei, recebendo crianças de outros municípios e em número mais elevado. “Então achamos por bem promover essas mudanças e agora o Lar Aprisco não trabalha mais como família acolhedora e sim na modalidade de abrigamento, podendo receber crianças de todo os lugares do Brasil e até o número que a nossa estrutura permite, que hoje é de 15 vagas”, ressalta.
Para melhor atender as crianças e os adolescentes, o Lar Aprisco também está em novas instalações. Anteriormente, o lar estava em uma casa alugada, imóvel este solicitado pelo proprietário. Desde então, a opção foi criar um espaço junto à Associação Betânia. Segundo Ismael, foi feita a reforma da Associação Betânia, a adequação de espaços e a construção de uma nova área, com sala de estar, quarto, banheiros, lavanderia e garagem para abrigar o novo Lar Aprisco. Para essas novas instalações, a Associação Betânia, como parceira da Associação Aprisco, cedeu essa área para o funcionamento do Lar.
Além de parceira da Associação Aprisco, a Associação Betânia também é mantenedora do Centro de Internamento Provisório de São José do Cedro, com capacidade para dez internações e também de Xanxerê, com capacidade para seis jovens, além de já ter recentemente convidado para administrar igualmente o CIP e o regime semiaberto da Comarca de Concórdia. Ambas as associações são mantidas com convênios junto a entidades públicas e por meio de subvenções sociais, conforme projetos elaborados. Ainda, segundo Ismael, é possível contar com o apoio de um grupo de empresários que fazem doações. “Não temos nenhum fixo mensal que nos permita a garantia do atendimento, no entanto nunca deixamos de fazer um atendimento ou desenvolver uma ação por falta de recursos”, enaltece. Outros parceiros que merecem destaque, segundo Ismael, o Ministério Público e o Poder Judiciário da Comarca de São José do Cedro, que sempre apoiaram as atividades, inclusive financeiramente.
PROJETOS
Conforme Ismael Batista, nos últimos anos, dois importantes projetos foram parceiros das Associações Betânia e Aprisco. Um deles, do Criança Esperança, foi encerrado ainda em 2009 e possibilitou diversas atividades para as crianças participantes do projeto.
Já nesta sexta-feira, dia 30, foi encerrado o projeto “Educação para Vida: Reconstruindo Sonhos”, realizado em parceria com o Instituto HSBC de Solidariedade e o Instituto Acordar, o qual teve como objetivo principal ampliar e fortalecer o projeto da então Casa Acolhedora Aprisco, possibilitando melhores condições de vida para crianças e adolescentes vítimas de maus tratos e violência sexual, além de permitir a elas e suas famílias reconstruírem seus laços afetivos e familiares. “O foco desse projeto foi trabalhar principalmente na reconstrução de laços afetivos, até porque essas crianças tiveram o rompimento desses laços, seja por agressão ou abandono, e com esse trabalho conseguimos fazer com muitas crianças pudessem voltar para as suas famílias”, enfatiza.
Segundo Ismael, o projeto com o Instituto HSBC de Solidariedade deu ensejo a aulas de informática, incluindo crianças que nunca tiveram contato com um computador, reforço escolar, palestras e o tradicional “Café Dominial”, onde, além do café da manhã, eram realizadas aulas de educação religiosa.
Ainda na solenidade desta sexta-feira, foi lançada a 2ª edição do livro “Reconstruindo Sonhos”, elaborado pelas crianças do projeto, com tema livre. “É um livro muito lindo, com histórias muito emocionantes sobre família e outros temas, onde cada um deu o título da sua história”, ressaltou.
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