Beatriz Soares presta esclarecimentos na Câmara sobre a saúde pública de SMOeste

A sessão desta quinta-feira, dia 15, da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste foi marcada pela presença da secretária da Saúde, Beatriz Soares, convidada a participar, por requerimento de autoria dos vereadores Genésio Colle, do PDT, e Airton Fávero, Flávio Ramos e Claudete Fabiani, todos do PMDB, para prestar esclarecimentos a respeito da pasta de Saúde do município.

A sessão desta quinta-feira, dia 15, da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste foi marcada pela presença da secretária da Saúde, Beatriz Soares, convidada a  participar, por requerimento de autoria dos vereadores Genésio Colle, do PDT, e Airton Fávero, Flávio Ramos e Claudete Fabiani, todos do PMDB, para prestar esclarecimentos a respeito da pasta de Saúde do município.
A sessão começou com uma explanação da secretária sobre a estrutura da secretaria e os procedimentos realizados pela pasta. Ela apresentou, ainda, uma relação de todos os exames e serviços disponibilizados pelo setor, e após respondeu a perguntas formuladas pelos vereadores.
Uma das principais cobranças dos vereadores foi com relação à falta de medicamentos disponíveis para a população. A secretária afirmou que teria sido enviado para a Câmara um projeto de lei autorizando o município a efetuar a aquisição de remédios. Porém, o presidente Valnir Scharnoski (PP) salientou que não existe projeto protocolado e que o único projeto que passou pelo Legislativo foi o que autoriza a construção da Unidade de Pronto Atendimento. Beatriz afirmou que a licitação para a aquisição de novos remédios foi cancelada em dezembro. Os vereadores de oposição Claudete Fabiani, Genésio Colle, Airton Fávero e Flávio Ramos rebateram, destacando que não existe justificativa para o fato, uma vez que outra licitação poderia ter sido feita e, em caso extremo, os medicamentos poderiam ser adquiridos por compra direta.
Outra cobrança dos vereadores foi com relação ao tempo de espera para a realização de exames. Eles disseram que os pacientes têm que esperar muito tempo até conseguirem realizar os exames. Beatriz salientou que o trabalho da secretaria está sempre voltado à melhoria dos serviços oferecidos à população e que se realmente existirem esses problemas, eles serão solucionados. A secretária revelou que a maioria desses exames é relativa aos casos de alta complexidade e que não são de competência do município, já que não recebe recursos suficientes do Estado para atender a demanda de pacientes. “O Estado não chega a pagar três ressonâncias por mês. Mas sempre que for urgência ou emergência e realmente há necessidade, o município paga. Também temos que considerar que o SUS evoluiu muito nos últimos anos. Além disso, logo mais teremos a UPA, que estará atendendo durante 24 horas e com mais dois novos postos, um no centro e outro no Bairro Andreata. Há mais de 70 cirurgias aguardando realização, logo estaremos lançando a campanha de saúde da mulher, onde todas as mulheres de 45 anos terão direto à sua mamografia, além de exames, atendimento diferenciado como tivemos na saúde do homem, para auxiliar e melhorar o atendimento na saúde pública de São Miguel do Oeste”, garante Beatriz.
Já os vereadores Altair Panis (PP), Antônio Orso (PT) e Gimar Frigeri (PT) parabenizaram a atuação da equipe da Secretaria da Saúde e disseram que sempre existiram e continuarão a existir algum tipo de problema no setor. Porém, afirmaram que a atual administração está trabalhando no sentido de oferecer o melhor serviço possível à população. Ao final da sessão, a secretária disse que saiu satisfeita e que pretende manter um contato maior com o Pode Legislativo. “A Secretaria da Saúde está de portas abertas para que os vereadores possam acompanhar mais de perto os trabalhos que fazemos lá. Essa foi uma excelente oportunidade para esclarecermos algumas situações e saber o que podemos melhorar no nosso trabalho junto à secretaria”, disse Beatriz.
O presidente do Legislativo, Valnir Scharnoski, destacou que a participação da secretária Beatriz Soares foi boa e mostra a aproximação entre os poderes Executivo e Legislativo. Scharnoski comentou que há uma preocupação com a situação da saúde em São Miguel do Oeste, mas que é preciso, também, saber quais são as competências do município e quais as do Estado no atendimento à população. “Temos que esclarecer à população e tentar achar o culpado, porque tem que ter um culpado. A sociedade paga impostos e não pode aceitar isso. A minha preocupação é que a fila de espera vai continuar. Se não compete ao município, então vamos fazer um requerimento aos governos federal e estadual para poder esclarecer à metade da população antes do próximo pleito para que não sejam enganados. O Brasil está um barraco, é vergonhoso ouvir a secretaria dizer que o Estado paga apenas três ressonâncias para um município de 40 mil habitantes. Temos que pedir a Deus para que esse povo não adoeça” ressaltou Scharnoski.