COLONO E MOTORISTA

Profissão: Na estrada e longe de casa

Profissão: Na estrada e longe de casa

Enquanto levam do campo para a cidade a produção rural, além de transportarem bens produzidos pela indústria e abastecerem o comércio, motoristas de caminhão não enfrentam apenas estradas ruins, falta de segurança e os riscos de acidentes. O maior desafio a ser enfrentado é a distância da família. A saudade bate durante as longas jornadas, de posto em posto e de cidade em cidade. Os profissionais são quase que visitas em suas casas. O motorista de caminhão Mateus Bonora, 25 anos, de São Miguel do Oeste, conta como iniciou nesta profissão. "Iniciei com 19 anos, quando os negócios da família começaram a alavancar", explica.  

DESAFIOS 

Para Mateus, um dos maiores desafios na profissão é a precariedade dos locais para alimentação e banho. "São vários desafios. As rodovias estão muito perigosas, falta sinalização, estão em péssimas condições, sem falar na imprudência dos motoristas", explica o profissional.   

Ele ainda salienta que a profissão exige longas rotinas de trabalho. "São noites mal dormidas, sempre na correria para chegar ao destino. Sem falar na falta de sinalização, buracos e trepidações", lamenta Mateus.

TECNOLOGIA 

Dias e dias longe de casa percorrendo as estradas do Brasil e é no final do dia, quando a maioria dos trabalhadores começa a se deslocar para casa, que bate a saudade dos amigos e família. "Na estrada, a gente passa por todo tipo de situação, mas faz parte. O maior problema mesmo é ficar muitos dias longe de casa e da família", comenta ao contar que já ficou 15 dias viajando.  

Ele também explica que está sempre em contato com os familiares por meio do celular, através do Whatsapp e ligações. É pela internet que a gente se fala mais. A tecnologia nos proporciona hoje essa proximidade. Lógico que não é a mesma coisa que estar no dia a dia, mas é a forma que tenho de estar mais presente", manifesta.

UNIÃO E AMIZADE NAS ESTRADAS

Sem paradeiro fixo, caminhoneiros constroem nas estradas suas relações de amizade. São nas paradas para as refeições, nos postos de combustíveis, nos locais onde aguardam para carregar ou descarregar e nas empresas em que trabalham. Além disso, há muita parceria entre a classe trabalhadora. "Sempre nos unimos em busca de melhores condições, para que nosso trabalho seja valorizado, reconhecido. Com a união da classe, tenho a certeza que tudo vai melhorar", finaliza Mateus. 

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