Curso de Gestão Comercial desempenha papel crucial no sucesso de empreendimentos

 Lorenço Altair Thies trabalhou durante boa parte de sua vida como agricultor e depois como funcionário público. Há sete anos, decidiu mudar de ramo e arriscar a sorte criando um comércio de autopeças em Dionísio Cerqueira. Na época, nenhuma empresa se dedicava a essa  atividade na cidade e, segundo Thies, a demanda sempre foi grande. “Eu vi que, pelo grande número de carros, esse era um ramo com potencial.  Só havia um comércio de autopeças em Barracão, e aqui nenhum”, lembra.

Sem muitos conhecimentos na área, Lorenço conta que teve dificuldades no começo do negócio. Como acontece com muitas empresas pequenas que começam do zero, conseguir financiamento não foi tarefa fácil e, mesmo  quando conseguiu recursos, a empresa ainda não havia crescido como o novo empresário gostaria. Foi depois de quatro anos trabalhando no ramo que Lorenço decidiu cursar Gestão Comercial no Senac de São Miguel do  Oeste. Para ele, isso foi um divisor de águas. “Esse curso ajudou em tudo, pois foi depois dele que a empresa deslanchou de vez. Melhorei a forma de atendimento ao cliente, informatizei a loja, ampliei as salas, aprendi a investir no negócio”, destaca Thies.

Outro fator importante, segundo o empresário, foi a convivência e a troca de experiência com outros empreendedores e colegas de turma ao longo dos dois anos do curso. “Realizamos diversos trabalhos em grupo, e deu para  aprender muito, até mesmo com os mais novos”, completa.

Momento certo para se tornar empreendedor 

Para o empresário Airton Weber, da Way Auto Peças, o curso também teve papel fundamental no sucesso de sua carreira como empreendedor. “Esse  curso me possibilitou ver o mercado e as possibilidades de maneira mais  clara. Além disso, houve troca de experiências na área entre colegas, e  isso me motivou a ter a minha empresa. As pessoas ficavam impressionadas de como eu não tinha aberto meu próprio negócio, pela vontade que tinha  de ser empreendedor e experiência na área. Foi aí que percebi que de fato eu estava preparado, sim, para ter minha empresa”, revela.

 Por 22 anos Weber foi funcionário de uma empresa de autopeças em São  Miguel do Oeste. Neste período, adquiriu experiência e iniciou o curso no Senac. Após pesquisa de mercado, orientada durante o curso, percebeu  que estava no caminho certo. Reconheceu as necessidades, identificou os clientes e os produtos precisos. Depois de muitas análises, Weber deixou seu trabalho e passou a se dedicar à implantação de seu próprio negócio.

“Percebi que tinha mercado e que precisava ter foco voltado ao cliente, em bem atendê-lo e oferecer o produto que ele necessitava. E foi com a ajuda da família e amigos que iniciei as atividades”, afirma.

No início, a Way Auto Peças contava com três funcionários e hoje, com pouco menos de dois anos, possui 11 colaboradores. “No começo passamos por algumas dificuldades, principalmente na compra de produtos. Pensei  em desistir. Mas, com apoio dos clientes e persistência, dei sequência às atividades. Hoje, estou satisfeito com essa escolha, a empresa está crescendo, tanto na linha de produtos como no quesito número de clientes. Acredito que tudo aconteceu no momento certo”, salienta o  empreendedor.

Para as pessoas que possuem boas ideias mas pouca coragem para empreender, Weber orienta para a necessidade de buscar conhecimento na área em que se pretende atuar, pois o funcionamento da empresa não deve depender totalmente de terceiros. “É preciso saber o que se quer, para quem vai vender e ter uma equipe competente para auxiliar. Quem tem vontade de empreender, ou que já tem sua empresa, não pode se acomodar,  ou limitar seu conhecimento. É preciso buscar aperfeiçoamento sempre”, destaca.