Castração: qualidade de vida para cães e gatos

  • Folha do Oeste -

Esterilizar cães e gatos para que sejam impossibilitados de efetuar a reprodução contribui para uma vida saudável dos bicho. Outro reflexo é a diminuição de animais sem cuidados soltos pelas ruas

A procura por cirurgias de esterilização em animais domésticos em São Miguel do Oeste tem aumentado, embora muitos donos ainda utilizem métodos contraceptivos que interrompem, periodicamente, o ciclo hestral (cio) da fêmea, tanto nas gatas, como em cadelas.
Conforme o médico veterinário, Stéfano Basso, há dois tipos de anticoncepcionais: o injetável e o em forma de comprimido. Contudo, na opinião dele, são métodos contraindicados por prejudicarem a saúde dos bichinhos. De acordo com Basso, o aconselhável é que seja realizado um pequeno procedimento cirúrgico no animal para que ocorra a esterilização permanente.

NA FÊMEA
O termo técnico para a esterilização da fêmea, segundo o especialista, é ovariosalpingohesterectomia. Conforme Basso, ainda que inexista uma idade específica, a castração pode ser realizada após os sete meses de vida do animal, ou então, antes do período de reprodução, que pode ocorrer entre o 10º e o 12º mês de vida.
Na avaliação do veterinário, após a esterilização, 90% dos problemas de saúde que o bicho poderia vir a ter, podem ser reduzidos. Os principais são: câncer nas mamas, complicações no útero (piometra) e problemas hormonais de diferentes características. Segundo Basso, a cirurgia na fêmea é mais "agressiva" que no macho, pois há a remoção do útero e do ovário. Devido ao procedimento, a fêmea precisa de 7 a 10 dias de repouso e cuidados médicos.

NO MACHO
Conforme o veterinário, o procedimento no macho é mais simples. A cirurgia consiste na remoção dos testículos no qual o tempo de repouso e cuidados médicos se reduz a um período entre 24 e 48 horas.

BENEFÍCIOS
Segundo o especialista, os animais castrados passam a ter benefícios de saúde que emitem reflexos na qualidade de vida deles. A expectativa de vida aumenta (cão ou gato vivem, em média, 15 anos); machos deixam de demarcar território e fêmeas não entram no cio; o risco de inflamação nas vias urinárias diminui; o risco de câncer de mama, útero, próstata e testículos, reduz; o comportamento do animal passa a ser mais tranquilo; diminuem as fugas, e, em consequência, os atropelamentos e envenenamentos; a urina perde o forte odor.

MITOS
De acordo com uma das integrantes do Grupo Amigo Bicho (organização não governamental formada por voluntários) de São Miguel do Oeste, Karla Filippi, o número das cirurgias de esterilização em animais domésticos poderia ser maior, caso inexistissem alguns pensamentos equivocados.
Segundo ela, conceitos como os de que o animal vai sofrer, que vai deixar de fazer a guarda da residência, que vai se tornar preguiçoso e engordar, são mitos. Inverdades. Conforme ela, o animal não sofre, desde que a cirurgia seja realizada por um profissional, o médico veterinário. Quanto à guarda das casas, Karla argumenta que proteger território é um instinto, e o instinto permanece. De acordo com ela, o fato de que alguns animais engordam, depois de castrados, ocorre devido à diminuição da atividade física praticada pelo bicho e não por consequência da castração.

ASPECTOS SOCIAIS
Conforme Karla, castrar os animais é o primeiro passo para que não ocorra a reprodução desenfreada de animais abandonados pelas ruas das cidades. Na opinião dela, bichos em condições de reproduzir podem resultar, em poucos anos, na superpopulação de animais abandonados. Conforme ela, além das doenças que se proliferam a partir desses animais, como reações alérgicas e respiratórias, pode ocorrer a perturbação pública, onde os bichos, na busca por alimento, rasgam sacos de lixos, invadem residências, brigam entre si, machucam-se, são atropelados e mortos.
 

Anterior

Um Natal 'noutro mundo'

Nutricosmética... novo conceito para saúde e beleza Próximo

Nutricosmética... novo conceito para saúde e beleza

Deixe seu comentário

Nossas Redes

Impresso