Sul tem a maior incidência de compra de votos

A incidência da compra de votos durante a campanha eleitoral deste ano é um d

A incidência da compra de votos durante a campanha eleitoral deste ano é um dos assuntos tratados nos Seminários Regionais - Eleições 2008. O evento, que começou em São Miguel do Oeste, termina na próxima semana em Criciúma e Tubarão.

Nas últimas eleições municipais, em 2004, cerca de 9% dos eleitores brasileiros receberam alguma oferta para votar em determinados candidatos, segundo a ONG (Organização Não-Governamental) Transparência Brasil. A mesma pesquisa também apontou os três estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) como a região com a maior incidência de compra ou tentativas de compra de votos.

Nas últimas três eleições (as gerais de 2002 e 2006 e as municipais de 2004), o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) recebeu 2.078 processos contra políticos acusados de captação ilegal de votos, crime previsto no artigo 41-A da Lei 9.504/97 (Lei da Eleições). Até outubro do ano passado, 215 mandatos, diplomas e registros de candidaturas foram cassados por este crime, sendo que 205 eram de prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

As estatísticas comprovam que a campanha eleitoral para prefeitos e vereadores é a mais susceptível a esta prática. Existem alguns fatores que tornam as eleições municipais mais vulneráveis, neste sentido: o elevado número de candidatos; a proximidade do eleitor com os candidatos, principalmente nos municípios com baixo número de habitantes; e o nível de escolaridade e de informação dos concorrentes, geralmente mais baixo do que o dos postulantes a cargos mais altos.

Em Santa Catarina, dos 293 prefeitos eleitos em 2004, 12 foram cassados por abuso de poder econômico, uso da máquina administrativa ou compra de votos. Apesar de serem procedimentos distintos e considerados crimes diferentes, em muitos casos estão interligados.

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