Iraceminha prepara rota turística para mostrar potencialidades

Iraceminha prepara rota turística para mostrar potencialidades

Projeto inovador está fomentando locais e preparando propriedades rurais, belezas naturais e a comunidade

A Administração Municipal de Iraceminha, em parceria com o Sebrae, por meio da Coordenadora Regional Extremo-Oeste, está programando o lançamento de uma rota turística, com atrativos diversos de lazer, gastronomia e turismo rural, estruturada para receber turistas que queiram conhecer algo novo, tradições e as riquezas do município.
O objetivo da iniciativa é contemplar a diversidade cultural e aproveitar as belezas naturais da cidade, localizada na BR-282, banhada pelo Rio das Antas, que corta o país e recebe viajantes de todo o Brasil e também da Argentina.
Conforme o vice-prefeito e presidente do Conselho de Cultura e Turismo, Itacir Manica, foi no ano passado que se buscou uma parceria com o Sebrae, para iniciar o trabalho de desenvolvimento ao turismo. “A ideia ganhou participação da população e diversos pontos já foram traçados e agora são trabalhados. Estamos organizando as comunidades, buscando recursos com os poderes Estadual e Federal para infraestrutura, e principalmente capacitando os participantes para receber os futuros turistas”, contou Manica.
Desde outubro de 2009, o consultor de Turismo do Sebrae, Roni Rodrigues de Brito, está realizando um trabalho de sensibilização da população, levantamento de pontos turísticos, definição do traçado da rota, organização dos locais para receber os turistas e capacitação dos moradores para o empreendedorismo rural e atendimento ao turista. “A rota traçada possui 50 quilômetros de extensão e envolve cerca de 15 pontos, entre propriedades rurais, agroindústrias, belezas naturais e gastronomia”, explica Brito. A intenção é de que até outubro de 2010, um ano após o início do projeto, a Rota Turística de Iraceminha seja lançada e faça parte dos pontos turísticos regionais.

TURISMO NA ÁREA RURAL

A casa da família Grando, localizada na linha Biguá, está se preparando para mostrar aos turistas o que uma propriedade tradicional italiana possui. Além de organizar um almoço típico, com forno de barro e pipas de vinho, a localidade conta com um diferencial: uma trilha ecológica no meio de taquaras, que leva os visitantes até a margem do rio Biguá. Há cerca de 10 anos, Vicente Grando plantou a primeira taquara, e hoje ela ocupa mais de 40 metros na beira do rio. Na saída da trilha, os visitantes encontram um pomar frutífero com mais de 20 espécies de árvores. Na sequência, outra casa que já atrai muitos visitantes é a da dona Alda Wanthier. Há cerca de 30 anos ela produz plantas medicinais e faz chás para as mais diversas doenças, dores e males. “Tenho todo tipo de ervas aqui, cada uma tem sua propriedade terapêutica”, conta.
A rota turística envolve ainda outros pontos, como uma gruta de Nossa Senhora do Caravaggio, no meio de uma cachoeira, e em outro local outra cachoeira para os visitantes se banharem. Também está no caminho uma cantina de vinhos, que vende sua produção para Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e ainda um restaurante típico italiano no interior. O fim da rota passa pelo camping Rio das Antas, de Rosalina Matilde Bonadeo, que fica localizado na beira do rio e possui espaços com quiosques, muito verde, cabanas, local para acampar, piscina e diversão.
 

CURIOSIDADES

Entre os pontos que estão sendo trabalhados está o moinho da família Biasoli. No local, a farinha de milho ainda é produzida com moinhos de pedra, técnica hoje não utilizada mais por outros moinhos. “A gente manteve a tradição do meu pai, que construiu com as próprias mãos todo o moinho. Eu aprendi com ele há 30 anos, e as duas últimas máquinas de pedra fui eu mesmo que montou no ano passado”, conta Vilson, pai de família, que administra o moinho juntamente com sua esposa Nair e o filho Maicon.
Outro ponto da rota é cachaçaria dos sócios Ademar Possato, Dilamar Barbieri e Selmiro Binoto. Vizinhos que empreenderam um negócio de produção de cachaça artesanal. “Estamos organizando a propriedade e a agroindústria para receber os turistas e contar a história da cachaça. Queremos construir um engenho antigo na entrada, algo bem atrativo para que as pessoas conheçam como é produzida a bebida”, contou Ademar.
 

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