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Com mais de 1,4 mil operações de crédito aprovadas no primeiro semestre de 2021, o BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul) fechou o período registrando um lucro líquido de R$ 130,4 milhões. Trata-se do melhor resultado nominal já alcançado pelo banco na série histórica que inicia em 2001. Com destaque para o resultado operacional e uma forte recuperação de créditos, o lucro apurado é 57% superior na comparação aos primeiros seis meses de 2020.
"O Banco demostra sua capacidade de apoiar os diferentes setores para retomada de investimentos. Se considerarmos o cenário econômico ainda sob os reflexos provocados pela pandemia, temos ainda mais o que comemorar com os resultados alcançados", lembra o diretor de Acompanhamento e Recuperação de Crédito do BRDE, Marcelo Haendchen Dutra.
Nos primeiros seis meses do ano, o Banco já acumula R$ 1,591 bilhão em operações de crédito aprovadas. Um total de 1.393 contratos de empréstimo e financiamento já foram assinados, em especial em favor do setor agropecuário da região (823 contratos). O segmento do comércio e serviços responde por outras 291 operações, seguindo-se a área de infraestrutura (141) e indústria (138). Em termos de operações contratadas, o crescimento de um período para o outro foi de 3,5%.
Impactos
As operações contratadas pelo BRDE no semestre viabilizaram investimento totais de R$ 890,4 milhões na região Sul. Estima-se que esse montante tenha possibilitado a manutenção e/ou criação de aproximadamente 18 mil postos de trabalho. Já em termos de arrecadação de ICMS para os estados onde o Banco opera, a projeção é de um incremento na casa de R$ 82,1 milhões/ano.
"Além de sua parceria histórica no fomento aos projetos de longo prazo, o Banco vem dando uma resposta positiva mesmo ainda em meio a um contexto de incertezas, em especial no apoio aos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19. Sem se afastar da missão maior de ser um parceiro estratégico para o desenvolvimento econômico e social da região Sul", reforça o diretor financeiro, Vladimir Arthur Fey,
Alem dos números positivos, no primeiro semestre deste ano, o BRDE criou programas de estímulo ao empreendedorismo das mulheres, dos jovens, à economia criativa, às microfinanças e para capital de giro para empresas de menor porte.
Na primeira metade do ano, o BRDE intensificou a parceria com instituições financeiras internacionais. Essa diversificação de seu funding permitiu, em especial, financiar capital de giro e um maior apoio a projetos na área de geração de energia com fontes renováveis. Ao mesmo tempo, no esforço de ampliar o volume de crédito disponibilizado, o Banco tornou-se o principal repassador nacional do Programa Agrícola Prodecoop (para desenvolvimento de cooperativas), do PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), das operações via Canais Digitais para o Setor Público e do Pronaf Investimento.
Resultados
No primeiro semestre deste ano, o resultado operacional alcançou R$ 264,7 milhões. Boa parte deste número se deve a um melhor desempenho em termos de intermediação financeira, com redução acima de R$ 120 milhões no item das despesas de operações com empréstimos e repasses. O resultado operacional foi igualmente influenciado pela redução significativa das despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa, que quais passaram de R$ 74,5 milhões no primeiro semestre de 2020 para R$ 2,8 milhões (reversão) no período idêntico deste ano.
Do lado da receita, o balanço do primeiro semestre aponta para um crescimento expressivo de 78% na recuperação de créditos: R$ 91,7 milhões. Esse resultado considera a recuperação por renegociação e a recuperação efetiva.
Aspecto que vem sendo ressaltado pelas agências de classificação de risco, o índice de inadimplência registrado pelo banco é outro ponto ressaltado no balanço. O percentual de atrasos nos pagamentos, a partir de 90 dias, continua em patamares muitos baixos, atingindo 0,61% em junho. O percentual é consideravelmente inferior ao do conjunto de bancos públicos, que atingiu 2,27%, e dos bancos privados, com 2,28%.
Perfil
Sem mudanças expressivas em relação ao mesmo período do ano passado, a concentração das operações segue majoritária em apoio ao setor privado (96%), com destaque para a agropecuária (27,1%) e indústria (22,8%). Na sequência, a carteira está dividida em projetos de infraestrutura (20,8%), comércio (17,2%) e serviços (8,1%). A carteira total de financiamentos é composta por 33,3 mil operações ativas de crédito, com saldo médio de R$ 396,8 mil.
O demonstrativo financeiro do primeiro semestre de 2021 foi aprovado pelo Conselho de Administração do BRDE na última quarta-feira (25) e sua íntegra está publicada no site da instituição. Em 30 de junho, o Banco possuía 31,8 mil clientes ativos, cujos empreendimentos financiados estavam localizados em 1.084 municípios. A instituição acaba de completar 60 anos de atuação, com um compromisso cada vez mais alinhado com as agendas da inovação e da sustentabilidade.
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