Agricultura catarinense ultrapassa perdas de R$ 100 milhões

Conforme avaliação do vice-presidente da Faesc, Enori Barbieri, as lavouras de milho e soja e a produção de leite apresentaram redução de 10%...

Conforme avaliação do vice-presidente da Faesc (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina), Enori Barbieri, as lavouras de milho e soja e a produção de leite apresentaram redução de 10% no ano passado. A previsão de safra de milho que era para 4,3 milhões de toneladas em Santa Catarina teve perdas entre 300 a 400 mil toneladas, representando um prejuízo de aproximadamente R$ 80 milhões.

Além disso, salienta o dirigente, o Brasil importou 600 mil toneladas de milho e terminou o ano com mais de cinco milhões de toneladas em estoque, que não foram exportados devido ao câmbio desfavorável, e não há previsão de melhora de preço. Com a soja, a previsão de colheita era de 800 mil toneladas, mas, com a seca, as perdas calculadas em 10% (80 mil toneladas) somaram prejuízos na ordem de R$ 20 milhões. As perdas na produção de leite também chegaram a 10% o que acarretou prejuízos de cerca de R$ 5 milhões.

Barbieri comenta que o problema da agricultura no Brasil está no alto custo de produção, exagerado em função da alta do petróleo, juros altos, câmbio baixo, deficiente infra- estrutura brasileira, alto custo de transporte e portos.

Para 2006, salienta Barbieri, a situação não é das melhores. Muitos produtores não conseguiram pagar as contas do ano passado e prorrogaram suas dívidas não tendo como quitá-las em 2006, pois a seca ainda persiste. Com estes dados, deverá ser um ano com acentuado êxodo rural. \"Muitos produtores abandonarão o campo porque afinal são dois anos de frustração. A grande maioria dos agricultores não tem estrutura para garantirem uma renda mensal. O produtor que não tem sua propriedade diversificada com frango, suínos, leite e grãos, está padecendo, por falta de renda\", considera.

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