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Suinocultura e leite no Extremo Oeste são destaques em reunião

  • Bruno Collaço / Agência AL -

A situação da suinocultura e da pecuária leiteira no Extremo Oeste catarinense foi o destaque da reunião da Comissão de Agricultura e Desenvolvimento Rural, na manhã desta quarta-feira, dia 11, durante o Programa Alesc Itinerante em São Miguel do Oeste. Representantes dos produtores desses dois ramos participaram da reunião, a convite do presidente do colegiado, deputado Altair Silva (PP).



Suinocultura

O presidente do Núcleo Regional de Suinocultores do Extremo Oeste, Tiago Kroetz, destacou a importância da suinocultura para o desenvolvimento da região. Como desafios, ele citou a falta de remuneração pelas reservas legais, cuja preservação é exigida pela legislação ambiental. “O produtor comprou a terra, paga imposto e não recebe nada por fazer essa preservação”, disse.

Kroetz também cobrou o cumprimento da Lei Federal 13.288/2016, que estabelece regras para o sistema de integração entre produtores rurais e a indústria. Ele lembrou que atualmente 90% da produção de suínos no estado é integrada.

“Não se conhece muito sobre, as empresas escondem essa lei dos produtores, que não sabem dos seus direitos. É importante levar ao conhecimento de todos, ela tem que ser implantada”, afirmou.

O produtor demonstrou preocupação com a sucessão familiar na suinocultura. “O material escolar que nossas crianças usam fala mal do agronegócio. Como as crianças vão se sentir incentivadas a seguir na atividade rural?”, questionou. “Não é falando mal do agronegócio que vamos formar sucessores.”



Leite

Presidente da Microrregião das Três Fronteiras, Vanderley Rutkoski, apresentou aos deputados da comissão a situação da cadeia leiteira no Extremo Oeste. Segundo ele, os produtores enfrentam novamente problemas com o baixo preço pago pelo litro do leite. Um dos principais motivos é a concorrência com o produto importado dos países do Mercosul.

“Temos um leite de qualidade, o produtor investe bastante nisso”, disse. “Temos que valorizar nosso produtor, porque muitos não conseguem honrar seus compromissos. E tudo isso impacta na economia dos municípios”, ressaltou.

Rutkoski também demonstrou preocupação com a sucessão no campo. “Se o leite não traz rentabilidade, como vou falar para o meu filho entrar na atividade? Como vamos fazer a sucessão familiar?”



Projeto aprovado

Os parlamentares deram o aval ao Projeto de Lei (PL) 59/2022, do deputado Fabiano da Luz (PT), que reconhece a Epagri, a Cidasc e a Ceasa como empresas públicas e de sociedade de economia mista de relevante interesse econômico e social do Estado. A proposta recebeu parecer favorável do relator, deputado Mário Motta (PSD), e segue para votação em plenário.

O deputado Volnei Weber (MDB) destacou a importância da atuação das empresas no desenvolvimento da agropecuária catarinense. Ele também cobrou a contratação de mais profissionais para a Epagri e para Cidasc.



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