SAÚDE

Diabetes Mellitus afetando os olhos

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De acordo com o médico oftalmologista, especialista em Retina, Vinicius Targa Villas Bôas, da Videre Oftalmologia, após cinco anos do diagnóstico, aproximadamente 25% dos pacientes com Diabetes Mellitus tipo 2 irão apresentar Retinopatia Diabética. Depois de 15 anos da doença, esse número chega a 80%. 

A Retinopatia Diabética ocorre quando o Diabetes Mellitus começa a gerar alteração na retina, tecido que compõe o fundo do olho. “Na forma leve, geralmente o paciente não tem sintomas e a visão é normal, sendo assim, é comum procurarem o oftalmologista apenas quando possuem baixa de visão ou algum sintoma, o que ocorre em estágios mais avançados da doença", explica o médico.

Os fatores de risco para complicações da Retinopatia Diabética são o tempo de diagnóstico da doença, controle glicêmico inadequado, hipertensão arterial sistêmica e o tabagismo, além da gestação. Portanto, o oftalmologista alerta alguns cuidados aos pacientes com Diabetes Mellitus: “Recomendo a avaliação do fundo de olho regularmente, em especial na gestação – período em que podem ocorrer descompensações da Retinopatia; manter tratamento clínico otimizado dos níveis glicêmicos, o que muitas vezes requer tratamento conjunto com endocrinologista; além do controle da hipertensão arterial e cessar o tabagismo”.    

Vinicius expõe que no estágio leve da Retinopatia Diabética, em geral, o controle glicêmico já tende a regredir as alterações provocadas na retina, entretanto, em casos moderados a graves, pode ser necessário o uso da fotocoagulação a laser, da injeção intravítrea e até mesmo cirurgia. 

Exames de OCT e angiofluoresceinografia são importantes no acompanhamento da doença. “Através desses exames, podemos detectar a presença de líquido na área central da retina, chamado de edema macular, assim como detectar áreas de isquemia no fundo do olho. Com base nesses achados, pode-se programar a Fotocoagulação a laser ou a injeção intravítrea, ou ambos. Já a vitrectomia posterior é a cirurgia de escolha nos casos avançados, em que ocorre hemorragia vítrea (quando os vasos se rompem) ou descolamento de retina tracional”, afirma Vinicius.

O médico lembra que a Retinopatia Diabética é uma consequência do diabetes e ela não tem cura, mas possui tratamento cujo objetivo é manter o paciente diabético com uma visão boa e funcional ao longo da vida. “Pacientes diabéticos precisam ser avaliados pelo menos uma vez ao ano por um retinólogo, médico oftalmologista especialista em retina, a fim de monitorar os achados de fundo de olho, realizar o tratamento quando necessário e evitar complicações”, finaliza.

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