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Vigilância interdita ala cirúrgica do hospital de SJCedro
Maior problema do hospital está na edificação de madeira
A série de vistorias feitas pela Vigilância Sanitária Estadual já detectou problemas em diversas unidades hospitalares da região e desta vez as irregularidades foram constatadas na Associação Beneficente Hospitalar Cedro, que teve o centro cirúrgico interditado na última sexta-feira, dia 7.
Para a Vigilância, o grande problema está em uma das alas do prédio, que é construída em madeira, fato que não é mais permitido pela Legislação. Conforme o gerente Regional de Saúde, Volmir Giumbelli, por se tratar da estrutura de madeira, toda essa ala deveria ser interditada, porém é esta a edificação que faz ligação com outros dois prédios de alvenaria que fazem parte do hospital e por isso todo o hospital seria interditado. Porém, segundo o gerente, foi preciso considerar o atual contexto da saúde, principalmente com a Gripe A, e por isso se manteve o atendimento clínico do hospital. Agora, a direção do hospital tem prazo de 20 dias, prorrogáveis para no máximo 60 dias para resolver a situação, sendo que o melhor a se fazer é a edificação em alvenaria da atual ala em madeira.
De acordo com o presidente da Associação, Romeu Holderbaum, na vistoria de rotina, a Vigilância constatou uma série de problemas, principalmente com a estrutura de madeira e também com a possibilidade de fluxo dentro do centro cirúrgico. Conforme o presidente, até a manhã de ontem, a direção do hospital ainda aguardava para conversar com a Vigilância e ver exatamente o que precisa ser feito para então estudar o que fazer para liberar o hospital. "Nós já temos projetos e precisamos saber com o que eles concordam que a gente faça para liberar, mas também temos que ver o que não nos custa caro para resolver o problema", destaca.
Segundo Giumbelli, já faz tempo que é inaceitável um hospital com construção de madeira e, conforme a Legislação, é isso que agora impede o funcionamento do hospital. "A solução seria a construção em alvenaria desta parte. Nas outras duas partes, que já são em alvenaria, não existem grandes problemas, mas apenas algumas adequações. Eles sabem do que é preciso e agora é uma questão de eles trabalharem, para se adequar. Neste ano, todos os cadastros com o SUS precisam ser refeitos porque todos são antigos, ainda do tempo do INAMPS, e um dos quesitos para se refazer o convênio é o Alvará Sanitário", explica o gerente.
Um dos projetos citados pelo presidente da associação é com relação à construção de um novo prédio no lugar do antigo de madeira. "É essa a necessidade e o que nós queremos; já encaminhamos o projeto para o Ministério da Saúde, mas falta nos liberar o dinheiro porque sem dinheiro não existe como mexer e nem posso fazer reforma sem assinar o convênio. Hoje, se a parte de madeira não puder mais ser utilizada, o hospital deixa de funcionar e o que não queremos realmente é que o município fique sem hospital. Mas a população sempre vai ser atendida da melhor forma possível e em caso de necessidade de encaminhamentos, eles serão providenciados", enfatiza.
Ainda no início desta semana o prefeito Renato Broetto reuniu-se com secretários, funcionários públicos e destacou que não se pode contestar o laudo da Vigilância Sanitária, já que o hospital de SJCedro realmente apresenta as falhas apontadas na inspeção. Ele diz, porém, que este não é um período propício para que a instituição seja fechada, sendo mais sensato que receba um prazo para regularizar as pendências. O prefeito salientou que o hospital não pode parar, e nem ter sua imagem denegrida.
Com essa interdição, todos os casos de cirurgias estão sendo transferidos para outros hospitais e os partos são realizados no hospital de Dionísio Cerqueira. Já o plantão de urgência e emergência continuam funcionando normalmente, assim como todos os casos clínicos e internações.
Para o gerente de Saúde também é preciso destacar que todas as ações da Vigilância Sanitária tem feito com que os hospitais se adequassem, assim melhorando a qualidade do atendimento. "Temos um contentamento muito grande em ver a transformação que ocorreu na região. Embora no nosso Estado exista uma grande número de hospitais que não estejam adequados, mas na nossa região nós já temos muitos que estão adequados e talvez se não existisse essa cobrança não haveriam as mudanças", enaltece.
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