INCLUSÃO E ACOMPANHAMENTO

Trabalho feito com carinho na região

Trabalho feito com carinho na região

Na Apae, as crianças são atendidas desde os primeiros meses no Serviço de Estimulação Precoce

Em São Miguel do Oeste, a Apae atende 18 alunos adultos e 14 crianças com diagnóstico de Síndrome de Down. Na escola é desenvolvido um trabalho voltado ao estímulo de todas as áreas da cognição (aprendizagem, inteligência, emoção, percepção, funções executivas, memória, atenção, entre outras), e da educação (desenvolvendo a questão de estruturação do pensamento, atividades da vida diária e laborais, teatro, dança, arte terapia, atividade física e informática). No aspecto da saúde, Juliana afirma que estes alunos recebem acompanhamento dos profissionais das áreas de Serviço Social, Psicologia, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Terapia Ocupacional e Medicina, cada qual desempenhando seu papel específico no processo de avaliação, identificação das limitações, acompanhamento, acolhimento e reabilitação.

Cristiane destaca que na área pedagógica, são desenvolvidos com os alunos projetos como papel reciclado, cestas de páscoa, pintura de casquinhas, jardinagem, horta, culinária e artesanato. Com as crianças, na intervenção precoce se busca o alcance do pleno desenvolvimento, trabalhando com a estimulação visual, auditiva, percepção do seu corpo, do corpo do outro e sua relação, do espaço e do tempo, e de seus movimentos, e a participação da família é imprescindível para obtenção de melhores resultados. "Através do lúdico proporciona-se a afetividade, o cuidado, o desenvolvimento das possibilidades humanas, promoção da aprendizagem, da autonomia moral, intelectual e, principalmente, valorizar as diferentes formas de comunicação e de expressão artística", comenta.

Juliana explica que na Apae, as crianças são atendidas desde os primeiros meses no Serviço de Estimulação Precoce que envolve a estimulação pedagógica, habilitação nas áreas de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional, bem como o acolhimento, suporte e orientação pelos profissionais das áreas de Psicologia e Serviço Social, para os processos de triagem. Fazem parte da equipe com a avaliação e acompanhamento, um médicos neurologista e um psiquiatra.

Na unidade, a partir dos três anos, as crianças iniciam o acompanhamento psicológico que prioriza o trabalho de habilitação das funções cognitivas, maturidade emocional e aprendizado. As famílias recebem orientação e auxílio por parte da psicóloga e assistente social sobre encaminhamentos de saúde, com objetivo de agilizar estes processos. Estas áreas trabalham com as famílias a possibilidade de ingresso destes no mercado de trabalho, a continuidade nos estudos, a potencialização da autonomia, independência e realização dos sonhos, em conjunto com a equipe pedagógica.


Inclusão registra avanços


Conforme a especialista em Educação Especial, Cristiane Magrini Dutra, no Brasil tem aumentado o número de alunos com deficiência matriculados no Ensino Regular, sendo que no estado de Santa Catarina há uma política especifica de inclusão. "Sabe-se que escolas e cursos privados não podem negar matrícula nem cobrar taxas extras de alunos com Síndrome de Down ou qualquer deficiência. Estas pessoas também têm direito a adaptação em provas e concursos como vestibulares e no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). Além disso, muitas pessoas com Síndrome de Down já passaram pela universidade e tem ingressado nas mesmas", comenta.

Cristiane ressalta que as crianças que têm sido encaminhadas para o Ensino Regular vem se desenvolvendo muito bem, dentro do seu potencial e há uma diminuição do preconceito. Os alunos se envolvem com brincadeiras e atividades pedagógicas, sem restrições, mas ainda precisamos melhorar no olhar de estranhamento que muitas vezes o adulto tem em relação a uma criança com deficiência. "Avaliamos que a inclusão está acontecendo de uma maneira progressiva e com ótima aceitação, tanto da família, como profissionais da educação e comunidade escolar", afirma a pedagoga. A psicóloga Juliana ainda destaca que as pessoas com deficiência têm direito a quotas de trabalho em empresas e reserva de vaga em concursos públicos, porém, a realidade mostra que o mercado de trabalho ainda não compreende bem a deficiência intelectual e por vezes as vagas oferecidas são incompatíveis a capacidade do aluno. A psicóloga entende que ainda é preciso transcender e conhecer melhor a realidade dessas pessoas para que então seja oferecido algo possível a estes alunos. 

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