FOCOS DO AEDES AEGYPTI

Situação é de alto risco na região devido aos casos de infestação

Situação é de alto risco na região devido aos casos de infestação

A cada dia novos focos, menos cuidados e um cenário mais perigoso. O Extremo Oeste está infestado pelo mosquito Aedes Aegypti e apresenta a situação mais preocupante de todo o Estado da Santa Catarina. Como a grande maioria das cidades estão infestadas pelo transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, basta que aconteça a transmissão em algum município, para que o perigo e a doença se espalhe por toda a região.

Se não bastasse o elevado número de focos, os meses de abril e maio também são considerados de alto risco na proliferação de mosquitos. De acordo com a coordenadora do Programa de Zoonoses da Gerência Regional de Saúde, Margot Pires, todos os meses exigem cuidados redobrados com relação ao Aedes Aegypti, mas este período do ano apresenta um alto risco. Além do calor e a umidade, a produção de larvas e o vetor está em rápido desenvolvimento. Por isso, engana-se quem pensa que os cuidados nesta época devem ser voltados apenas para a gripe, a prevenção e o combate contra o Aedes precisa ser constante e durante o ano todo.

Segundo Margot, no mês de março foi realizado um LIRAa (Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti), e a atividade prevista e preconizada pelo Ministério da Saúde identificou todos os municípios da região com médio e alto risco. Apenas Santa Helena e São João do Oeste ainda não registraram focos do mosquito neste ano. Isso é preocupante, principalmente porque foram identificados casos de febre chikungunya em Cunha Porã, e Itapema está com transmissão de dengue. "O risco é eminente, pois as pessoas circulam, e a doença é transmitida antes da mesmo da pessoa sentir os sintomas. Então, as vezes tem pessoas circulando com o vírus e infectando os mosquitos. No Extremo Oeste, foram registrados alguns casos isolados de doença, mas não teve a transmissão, apenas casos importados ou casos que permaneceram em uma única pessoa", destaca.

Porém, independente de ter casos confirmados da doença, o pedido é de que haja mais colaboração da população, principalmente para que a situação não se agrave e pessoas fiquem doentes devido a um descuido da comunidade em geral. Conforme a profissional da Gerência de Saúde, vários fatores tem somado para deixar a situação mais preocupante. Desde o clima, pois são dias quentes que colaboram para a proliferação, até a grande quantidade de recipientes com água parada. "Observa-se que há muitos depósitos como caixas de água de chuva, caixa de água e cisternas sem cuidados e proteção suficiente. A população ainda não está observando toda a situação como um risco, acham que as equipes estão pressionando e que não é tudo isso, e não colaboram, com isso, a situação se agrava cada vez mais. Além disso, ainda há uma grande resistência da população com relação as bromélias. Muitos municípios ainda registram muitos problemas com bromélias, e os proprietários dos imóveis são muito resistentes e não se desfazem dessa planta, que apresenta um grande perigo pelo acúmulo de água", aponta.

Margot reforça que a equipe está orientando os agentes a aplicar a lei. "A lei está disponível, e está aí para adequar pontos estratégicos, através de notificações e até mesmo de multas", salienta. A coordenadora ainda solicita para que a população ajude neste trabalho de combate ao mosquito Aedes. "Cada um precisa parar um tempinho durante a semana e vistoriar a residência e arredores, eliminando todo depósito de água parada", garante Margot. 

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