Saúde

Novo estudo aponta tratamento capaz de prevenir a volta do câncer de mama

Novo estudo aponta tratamento capaz de prevenir a volta do câncer de mama
Foto: freepik

Um novo estudo publicado nesta terça-feira (2) na revista Nature Medicine mostrou avanços importantes no combate ao câncer de mama. Pesquisadores da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, desenvolveram uma estratégia que pode identificar e eliminar as chamadas células tumorais dormentes, responsáveis por boa parte das recidivas da doença.

De acordo com os especialistas, cerca de 30% das pacientes que enfrentam o câncer de mama acabam sofrendo uma recidiva, muitas vezes anos após o fim do tratamento. Até agora, não havia um método eficaz para detectar em tempo real essas células latentes — também chamadas de doença residual mínima (DRM) — e intervir antes que elas voltassem a se multiplicar.

Resultados do ensaio clínico

No ensaio clínico de fase 2, realizado com 51 sobreviventes de câncer de mama, dois medicamentos já aprovados pela agência reguladora dos EUA (FDA) foram utilizados. O tratamento conseguiu eliminar células dormentes em 80% das participantes.

Os resultados também mostraram altas taxas de sobrevida:


Mais de 90% das pacientes que receberam um medicamento não apresentaram recidiva em três anos;Entre as que receberam a combinação dos dois medicamentos, a taxa foi de 100% sem recorrência.

Após um acompanhamento de 42 meses, apenas dois casos de retorno do câncer foram registrados.

Por que o estudo é inovador

As células dormentes não aparecem em exames convencionais, mas podem se reativar mesmo décadas depois, causando metástases agressivas. Segundo Lewis Chodosh, autor sênior do estudo, os resultados mostram uma oportunidade inédita de intervir antes que o câncer volte.



“Descobrimos que certos medicamentos que não funcionam contra tumores ativos podem ser muito eficazes contra as células adormecidas. Isso revela uma biologia completamente diferente”, destacou o pesquisador.


Próximos passos

A equipe de pesquisadores já está recrutando pacientes para dois novos estudos em larga escala, com o objetivo de confirmar e ampliar os resultados.

Para Angela DeMichele, líder da pesquisa, a descoberta abre um novo horizonte:



“Queremos oferecer às pacientes uma opção melhor do que apenas esperar para ver após o fim do tratamento. Os resultados são encorajadores e nos fazem acreditar que estamos no caminho certo.”

Fonte: CNN

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