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Laudo aponta contaminação em rio

Um crime ambiental e sem conhecimento da origem foi registrado no Rio Macaco Branco em 10 de agosto no município de Descanso. Naquele dia, a Vigilância Sanitária Municipal constatou uma coloração branca no local. Após coleta de água, o laboratório Hidrolab de Iporã do Oeste recebeu as amostras. O resultado apontou positivo para contaminação, nível alto. A análise destaca a existência de componentes alcalinos em dosagem elevada, potássio e sódio, indicando contaminação por leite ou soro.
Em reunião na manhã de sexta-feira, dia 28, com a fiscal sanitária Elaine Melz, os secretários de Administração, Paulo Lauxen, e do Meio Mabiente, Marlise Lovatel, ficou definido que a administração apresentará o laudo à Polícia Ambiental, que também foi informada naquele momento sobre a poluição.
Conforme Elaine, espera-se que não ocorram mais descartes de qualquer tipo de resíduos no leito do rio. Caso a população perceber cores diferenciadas na água ou responsáveis por práticas irregulares, a Vigilância Sanitária deverá ser informada ou a Policia Ambiental. "Devemos sempre buscar prevenir a contaminação dos recursos naturais, pois tratamento se torna muito oneroso e muitas vezes ineficaz", destaca.
Para ela, ações impensadas podem trazer problemas de saúde tanto para a população local como aos moradores dos municípios da região. "Sabemos que Itapiranga abastece a população com água oriunda do Rio Uruguai no qual desemboca o rio Macaco Branco que passa pelo território de Descanso. Todo tipo de contaminação afeta não somente a população de um município, mas de toda a região" destaca.
A secretária de Agricultura e Meio Ambiente, Marlise Lovatel, também se mostrou preocupada. "São famílias rurais e urbanas que dependem da água para sobreviver. Não se pode admitir isso", declarou. Já o secretário Paulo Lauxen disse que o Governo Municipal está trabalhando intensamente para, no menor espaço de tempo possível, oferecer condições no intuito de resolver esse problema, que é grave. "Precisamos de apoio da ação e do compromisso de cada descansense para avançarmos na regularização das fossas, recuperação e conservação das margens dos rios, e conscientização das pessoas para que não cometam mais esses crimes".
Coliformes totais e fecais
Além do crime ambiental, o laudo assinala outra situação extremamente delicada. O Rio Macaco Branco está contaminado por coliformes totais e fecais. Muitos dejetos humanos e animais, bem como demais materiais em decomposição estão sendo lançados sem o devido tratamento sanitário. "Com o objetivo de diminuir a contaminação e, consequentemente, evitar advertências e autuações, os moradores devem verificar o sistema de esgoto de cada residência para fazer as adequações necessárias", orienta a fiscal sanitária.

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