Imprensa assume compromisso com a segurança no trânsito

O governador Eduardo Pinho Moreira reuniu empresários do setor de comunicação na segunda-feira, dia 27, para pedir apoio na divulgação de informações que auxiliem na redução do número de acidentes nas estradas. A ideia é contribuir com a melhoria dos índices conscientizando a população sobre o tamanho do problema: alta taxa de mortalidade no trânsito, custo elevado ao serviço público de saúde e falta de educação de motoristas e motociclistas. Em 2017, os cinco principais hospitais de Santa Catarina atenderam mais de 5,7 mil acidentes envolvendo motociclistas, média de 15,6 por dia.

Para Moreira, o número de acidentes "é algo que assusta e tem que ser combatido". Segundo ele, as consequências dos acidentes, como cirurgias e tratamento de feridos, representa uma despesa grande para o Estado, mas não um investimento em saúde. Além de ceifar vidas, diz, sobrecarrega o sistema. "Os dados que temos hoje estão assim por falta de informação e falta de cuidado, falta de educação mesmo, no trânsito. A mudança já tem que começar nas escolas." 

"É um iniciativa fundamental", disse o presidente da Adjori/SC (Associação dos Jornais do Interior de Santa Catarina), Miguel Ângelo Gobbi. Para ele, é preciso chamar a atenção das pessoas para a necessidade de transformação e reeducação, desde o pedestre até o motorista. Além da Adjori/SC, o termo foi assinado pelo presidente da ADI (Associação dos Diários do Interior), Ámer Felix Ribeiro, e o presidente da Acaert (Associação Catarinense de Emissoras de Rádio e TV), Marcello Corrêa Petrelli. 

"Esse apoio é fundamental", disse o secretário de Comunicação Gonzalo Pereira. Segundo ele, a campanha é essencialmente editorial e as entidades parceiras vão atuar como ampliadoras das informações para auxiliar na redução destes "números terríveis". Santa Catarina é quarto estado brasileiro em número de indenizações pagas por acidentes de motociclistas e o número de mortes nas estradas continua crescendo. Além disso, 94% dos acidentes com morte são causados por falha humana, o que reforça o carácter de reeducação da campanha. O site do movimento reúne os dados sobre o assunto.