Vendaval com chuva volta a assustar o Extremo Oeste

Na noite da última quinta-feira, dia 3, a cena voltou a se repetir. Ao entardecer, o céu escureceu e os fortes ventos voltaram a assustar a população migueloestina. Acompanhados de uma forte chuva, o que mais parecia estar sendo presenciado pelas pessoas era a passagem de um furacão. Quedas de árvores, principalmente na rede de energia, deixaram bairros como o Agostini e o Estrela sem energia elétrica por pelo menos mais de uma hora. Técnicos da Celesc tiveram muito trabalho para detectar os locais onde sucederam essas catástrofes, e em alguns casos tiveram que retirar os galhos de árvores caídos sobre os fios de alta tensão.

No bairro Morada do Sol também voltaram a ser registrados alagamentos, porém uma retroescavadeira da prefeitura foi acionada para tentar evitar danos nas residências. No local está sendo colocado calçamento, mas havia muito barro, o que dificultou o escoamento da água.

Nestas últimas três intempéries, os "sintomas", antes do pior chegar, foram praticamente os mesmos. Dias abafados e muito quentes. Os ventos fortes ao entardecer já alertavam que algo poderia vir a acontecer durante as noites. De acordo com a meteorologista da Epagri/Ciram, localizada em Florianópolis, Gilsânia Cruz, até o último final de semana o tempo ficou firme, seco e com temperaturas elevadas, caracterizando um veranico no mês de agosto. "É comum o veranico no inverno, principalmente no mês de maio, mas neste ano ocorreram nos meses de julho e agosto. Estava prevista uma mudança nas condições do tempo na quarta-feira, com formação de áreas de instabilidade, com a ocorrência de chuvas e temporais em alguns locais, até com granizo. Na primavera é comum a incidência disso. No sul do Brasil, onde as frentes frias chegam com mais intensidade, os temporais são comuns. A primavera deste ano deve ser mais chuvosa que o normal, devido ao fenômeno El Niño", relata Gilsânia.