Um novo investimento para São Miguel do Oeste

Sul Valle injetará aproximadamente R$ 300 mil mensais só com a folha de pagamento

Da união entre dois amigos e parceiros de negócios e de um intenso estudo de probabilidades e investimentos surgiu o Frigorífico Sul Valle. O investimento, inaugurado na tarde de ontem, dia 24, tem como propulsores os sócios Ruben Grasel, de São João do Oeste e Nelson de Souza Lopes, de Belo Horizonte/MG. Após três anos, desde o estudo das possibilidades de construção, o Frigorífico Sul Valle, com uma planta de 12.000 m², localizado na linha Cruzinhas, em São Miguel do Oeste, iniciou suas atividades.

O diretor administrativo do frigorífico, Maikel Grasel, e filho de um dos sócios do empreendimento, revela que, a princípio, a intenção dos empresários era de construir o frigorífico em algum município próximo de São João do Oeste, onde a família Grasel já possui um ramo de negócios ligados à produção de suinocultura. Contudo, a administração de São Miguel do Oeste, que governava na época, procurou o empresário oferecendo a área de 25.000 m², onde já havia sido feita a terraplanagem, o que pouparia tempo e investimentos financeiros para construir. Após analisar a área, os empresários começaram a estudar as vantagens de se levantar a indústria em São Miguel do Oeste, como o fato de a mesma ser uma cidade pólo na região e estar próxima à Argentina. Assim, esses foram os fatores que incentivaram a construção da Sul Valle em São Miguel do Oeste.

 

NEGÓCIOS

De acordo com Maikel Grasel, o estado de Santa Catarina é considerado um mercado potencial de suínos, o que também justifica a aposta dos empresários neste setor. "Santa Catarina é um mercado potencial de suínos, pois consome em torno de 24kg de suínos por ano, e a média do Brasil é 12kg por ano. Então nós consumimos o dobro do que o resto do País consome em média", frisa. Ele destaca que, como foco de sua estratégia mercadológica, em princípio os mercados do sul do País serão abastecidos com os cortes nobres de suínos, temperados, defumados, lingüiças, entre outros produtos desta linha. "Primeiro queremos negociar com os três estados do Sul, não que isso seja um limitador. Se São Paulo oferecer um preço bom, nada impede de comercializarmos lá. Mas vamos iniciar pelo sul do País, pois temos toda a logística e vendedores da Laticínios São João já trabalhando nessa região há mais de nove anos. Então já existe uma clientela formada, uma logística pronta, por isso fica mais fácil de começar assim", argumenta.

 

ESTRUTURA

A indústria possui uma planta de 12.000 m² e foi apresentada para a comunidade regional como o frigorífico mais moderno do País. Ao todo serão 160 funcionários contratados, que irão girar uma folha de pagamento mensal de aproximadamente R$ 300 mil. Além disso, o negócio empregará cerca de 400 funcionários indiretos. Segundo Grasel, a inauguração, que era para ser ainda em 2008, foi adiada em virtude de a estrutura ter sofrido algumas mudanças. "Estava previsto para o ano passado, mas nós fizemos algumas modificações na planta e tivemos que trocar algumas máquinas. Modernizamos mais a planta e ampliamos a capacidade produtiva. Nós tínhamos no início programado 120 suínos por hora, e agora a linha passou para 240 suínos por hora. Alteramos o projeto no meio do caminho. Duplicamos a capacidade produtiva sem alterar nada na parte física, só no maquinário", explica.

A unidade inicia as atividades com o abate de um mil suínos por dia, mas tem capacidade de abater até quatro mil suínos/dia. Para isso é necessário ampliar a capacidade de estocagem, com a aquisição de câmaras frias.Toda a produção será feita na própria unidade e com o abate de suínos da própria família, a qual conta com os trabalhos terceirizados de aproximadamente 180 famílias da região. "Até 600 suínos por dia abatidos será nosso. O que passar será comprado do mercado independente", explica Gasel.

O gerente administrativo reforça que o frigorífico venderá 92 produtos logísticos, que se baseiam em carcaças suínas, cortes não salgados, cortes temperados, produtos salgados, produtos defumados e posteriormente os curados, maturados e a linha de presuntaria. "Pretendemos exportar a partir de outubro, novembro. A planta está feita para atender o mercado mais exigentes do mundo. Só que para exportar é necessário ter um histórico de controle de qualidade, o que pretendemos conquistar até o final do ano", anuncia.

 

MEIO AMBIENTE

A nova indústria foi construída com base em projeto de responsabilidade ambiental, onde a água utilizada para seus processos internos é derivada de recurso próprio, normas de biosegurança, como o isolamento de colaboradores por área de atuação, para evitar riscos de contaminação no produto final.

"Todos os suínos que são abatidos para o processo de industrialização são monitorados e rastreados durante toda sua vida e, posteriormente, na distribuição e logística de entrega do produto final. Isto permite que o consumidor tenha em mãos todo histórico do produto, desde a sua fração in natura, abate, industrialização e logística de entrega", enfatiza.

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