Celesc passa por reestruturação interna e redução de gastos
Os servidores da Celesc de todo o Estado realizaram uma paralisação na última quinta-feira, dia 3
Os servidores da Celesc de todo o Estado realizaram uma paralisação na última quinta-feira, dia 3. Entre as reivindicações apresentadas na pauta está o repúdio às mudanças administrativas na empresa. Os funcionários reclamaram que a reestruturação da Celesc é feita sem a participação efetiva dos funcionários e que o encaminhamento das ações está levando à privatização da empresa. "De acordo com a diretora sindical da categoria Maria Carmen Viero, o protesto dos trabalhadores tem como objetivo c hamar a atenção para a situação da empresa e conscientizar a sociedade para a importância de manter a Celesc como empresa pública", frisa. Diante desse assunto, o gerente regional da Celesc de São Miguel do Oeste, José Reinaldo Volkweis, garante que no momento a Celesc não será privatizada. "No momento está 100% descartada a possibilidade de privatização. A Celesc é uma empresa pública, é patrimônio de todos os catarinenses, com mais de 50 anos. Hoje, no País são apenas seis empresas de concessão de energia elétrica que são públicas, e o governo do Estado, que também é acionista da Celesc, não prevê nesse momento a privatização da empresa. Os funcionários entregaram uma pauta para a diretoria da Celesc, em Florianópolis, pois entendem que a empresa esteja sendo conduzia à privatização. E a Celesc tem uma opinião diferente. Entende que todas as ações são para levar a empresa a uma adequação dos custos e despesas compatíveis com a realizada do setor elétrico", assegura. MUDANÇAS O gerente regional não negou que realmente está havendo mudanças na estrutura interna da Celesc, e destaca que até cogitou-se a possibilidade de fechar algumas das 16 agências regionais da Celesc, inclusive a de São Miguel do Oeste. "A empresa está fazendo uma reestruturação de ordem administrativa e operacional visando reduzir despesas operacionais, com materiais, com mão-de-obra terceirizada e serviços terceirizados. Também há redução de estrutura de chefias e nas diretorias de administração central, pois antes existiam cinco diretorias e agora foram reduzidas a uma. O quadro de diretorias também tem um número menor de chefes e gerentes. Na administração central e nas agências regionais também houve um enxugamento, uma redução no número de chefias. No nosso quadro efetivo de empregados não aconteceu nenhuma demissão", explica. Conforme Volkweis foram reduzidos e até cortados os cargos gratificados, comissionados, houve redução de terceiros como free-lancer, limpeza, oficce boys, serviços de mão-de-obra terceirizada, enxugamento nas despesas de serviços, mas os investimentos do sistema estão garantidos, já que a empresa continua fazendo seus investimentos para poder atender a demanda dos clientes. Ele enfatiza entre os fatores desta contenção duas situações. "Uma é a contenção de gastos. O mundo todo está fazendo redução de despesa, e com a Celesc não é diferente, está reduzindo, enxugando e se adequando ao que pode vir pela frente. A outra é que a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) estabelece um limite para todas as empresas, de despesas e investimentos, e as nossas despesas estão um pouco acima desse limite. No ano de 2015, a Celesc vai ter a renovação da concessão do serviço do fornecimento de energia elétrica em todo o estado de Santa Catarina, e queremos chegar em 2015 com a empresa adequada, enxuta, para que a concessão seja novamente renovada", finaliza.
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