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Em todo o Estado, a Semana da Indústria foi marcada por ações e debates sobre o setor, que na região e em Santa Catarina, vai muito bem. De acordo com o vice-presidente da Fiesc (Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina) para o Extremo Oeste, Astor Kist, na região a indústria mais forte é a de alimentos, voltada para a proteína animal e para o agro, que passa por um bom momento. “Temos os frigoríficos indo bem. E como indústria transversal temos várias, o setor metalmecânico, e outros setores que também estão indo muito bem, e atendem a essas empresas do setor de proteína animal”, destaca. Na região, ainda se registra um aumento no número de contratações, saldo positivo de empregos, com números crescentes. “Vimos recentemente que a exportação de carnes está crescendo, então isso para nós, da região, é muito bom”, afirma.
Falando a nível de estado, o vice-presidente ressalta que a maioria dos setores também estão com saldo positivo, e o estado com saldo positivo na geração de empregos, e também no crescimento de forma geral da indústria. Em SC, o setor de proteína animal ainda é o mais forte. “Somos grandes exportadores de suínos e aves, e o leite também é muito forte. Mas, o Estado é multi industrial. Ele tem uma pulverização industrial invejável”, revela.
O representante da Fiesc pontua que na região de Blumenau e arredores há uma indústria têxtil muito forte. Na região de Joinville, a indústria metalmecânica é forte. Na região de Jaraguá, o destaque é para o setor de motores, energia elétrica, e outros. Já a região de Criciúma tem o carvão e o setor têxtil forte. Enquanto que em Lages e Caçador, o destaque é para o setor de madeiras. Cada região tem um ponto forte, e em sua volta multiatividades. “Essa pulverização industrial dá ao estado de Santa Catarina uma característica totalmente diferente de todos os demais estados da federação. Com muito orgulho, somos referência para o país”, salienta.
DESAFIOS E PERSPECTIVAS
Falando em perspectivas futuras, Kist cita que o Sistema Fiesc tem uma preocupação com o juro elevado, que dificulta a captação de recursos do setor industrial, e por outro lado, o juro baixando vem um outro desafio para preocupar, que é a inflação. Conforme o vice-presidente da Fiesc para o Extremo Oeste, esse desafio se torna ainda maior porque não é uma situação só do Brasil, do Estado, da região, é uma situação mundial. O mercado mundial está tendo problemas com a inflação. “Então, a Fiesc procura de todas as formas, orientar os industriais no sentido de prepará-los para as possíveis dificuldades, e que antevejam o que precisa ser feito para não sucumbir”, acrescenta.
A capacitação de forma geral também ainda é um desafio para o setor industrial. “A capacitação do trabalhador é muito importante, temos neste setor uma lacuna muito grande. Infelizmente o nosso Ensino Fundamental e Médio não prepara para o trabalho, ele prepara para um futuro vestibular. Nós temos que corrigir isso, preparar o nosso aluno para o trabalho, para alguma profissão, para alguma especialização. E não é só o trabalhador que não está preparado adequadamente, muitas vezes também o nosso empresário precisa se capacitar muito mais, e a Fiesc tem essa preocupação”, aponta. Neste sentido, Astor Kist cita que o Sesi, Senai e IEL preparam o setor do trabalho em si, os futuros e os atuais trabalhadores. E a Academia de Negócios, IEL, Sesi e Senai preparam os empresários para que eles também estejam sempre atualizados e preparados para enfrentar os desafios. “A Fiesc é a representante e defensora do setor industrial, e ela também tem essa grande preocupação com a preparação para a competitividade. A Federação deseja ser e deve ser o porto seguro do empresário da indústria”, enfatiza.
SEMANA DA INDÚSTRIA
Ao falar sobre a Semana da Indústria, o vice-presidente da Fiesc para o Extremo Oeste, Astor Kist, destacou que a Federação quer, em primeiro lugar, homenagear e valorizar o empresário da indústria. “Fizemos em Florianópolis na semana passada, a entrega do Mérito Industrial para cinco empresários destaques a nível de estado, e um a nível federal. Também aconteceu um seminário sobre Energia Verde”, comenta, ressaltando que a semana busca trabalhar a questão da valorização, da parabenização e também da preparação continuada e contínua para a competitividade. Na oportunidade, Kist parabeniza todos os industriais. “Que sejam fortes, que sejam persistentes, que o Brasil depende da força da indústria”, declara.
Para celebrar a Semana da Indústria diversas atividades foram promovidas em todo o Estado, inclusive em São Miguel do Oeste. No município, os empresários puderam participar de programações presenciais e virtual, e o ponto alto ocorreu no dia 24, com o Café com Empresários, palestra sobre Normas Regulamentadoras, visitas técnicas e integração com espaço para networking, realizado na unidade Senai São Miguel do Oeste.
De acordo com o gerente de Operações Regional Oeste e Extremo Oeste, Ivanor Roberto Finato, a Semana também contou com eventos internos e externos para os alunos, além de momentos em que se leva empresários e industriais para dentro da unidade, que se indica pessoas para o mercado de trabalho, e as empresas apresentam seus produtos. Um momento de troca, e de apresentação da estrutura.
Para auxiliar o setor industrial, o Senai oferece o Ensino Médio, os cursos técnicos e as qualificações de curta duração, que são os mais demandados da indústria. “Atendemos conforme a demanda, neste momento, por exemplo, a demanda maior está para a área elétrica, eletrônica, automação, indústria 4.0, e também temos a área da mecânica. Essas áreas estão sendo atendidas em São Miguel do Oeste”, destaca.
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