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EPIDEMIA

Pedido é por colaboração da população no combate à dengue

  • Folha do Oeste -

Atenção comunidade de São Miguel do Oeste! O cenário com relação à dengue tem se agravado semanalmente, o que exige uma atenção e colaboração urgente da população. Até a manhã desta sexta-feira, dia 26, já haviam sido confirmados 725 casos de dengue no município. Outros 52 pacientes ainda aguardavam os resultados dos exames.
Devido à epidemia de dengue, o prefeito de São Miguel do Oeste, Wilson Trevisan, assinou um decreto, na terça-feira, dia 23, declarando Situação de Emergência no município. A decisão levou em consideração os mais recentes dados da Vigilância Epidemiológica Municipal sobre o avanço da doença entre a população.
De acordo com a administração, com o decreto de emergência, todos os órgãos municipais ficam autorizados a atuar sob a coordenação da Secretaria de Saúde em ações de combate à epidemia. Também fica autorizada a convocação de voluntários para reforçar estas ações e o desenvolvimento de campanhas de conscientização junto à comunidade.
Trevisan destaca que a equipe de combate as endemias e toda a Secretaria de Saúde continuam trabalhando fortemente nas ações de prevenção e contenção à dengue, mas conclama a população em geral para auxiliar na eliminação de lixo e água parada.
A secretária municipal de Saúde, Camila Bernardi, reforça o pedido para que a população dedique alguns minutos do fim de semana para vistoriar suas residências, tanto na parte interna como externa, eliminando todo depósito com água parada, pois estes recipientes servem como criadouros do mosquito. A secretária salienta que todo local que pode acumular água precisa ser vistoriado frequentemente, como os reservatórios de geladeiras mais antigas, fonte de água, entre outros. Os bebedouros dos animais de estimação também precisam ser higienizados frequentemente. “Em qualquer pequena quantidade de água o mosquito pode se reproduzir. Por isso a necessidade de envolvimento e colaboração da comunidade”, destaca.
Camila ainda cita que a equipe tem se dedicado as aplicações de fumacê, que são feitas em regiões em que são confirmados casos de dengue e em um raio de 150 metros. Em situações de confirmações em pacientes que residem próximos, é feita apenas uma aplicação contemplando esses casos. Os agentes de saúde também estão intensificando as orientações durante as visitas domiciliares, pois a prevenção é o melhor caminho.
E com o intuito de reforçar o trabalho de conscientização da população, nesta sexta-feira, dia 26, ocorreram atividades especiais nas maiores escolas municipais, enfatizando as orientações e reforçando a importância da prevenção e do combate ao mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue, Fabre Chikungunya e Zika Vírus. Também nesta sexta-feira, a equipe realizou um pedágio na área central da cidade e visita aos estabelecimentos comerciais, destacando a importância dos cuidados e eliminação dos criadouros do mosquito. Já neste sábado, dia 27, as orientações serão repassadas nos grupos de idosos.
“Precisamos que a população nos ajude neste momento. Que coloque isso como rotina, em cerca de 10 minutinhos é possível olhar o jardim e a casa. É preciso ter essa atenção”, reforça a secretária, lembrando que o município teve uma alta bem considerável, nos últimos tempos, com relação aos casos dengue. Em uma semana, foram mais de 100 casos novos, e com o aumento no número de pessoas contaminadas, aumentam as chances de transmissão da doença. Neste sentido, Camila reforça dois pontos principais, o primeiro é a utilização do repelente, inclusive pelo paciente diagnosticado com a doença, para evitar a transmissão para outras pessoas. Além disso, é muito importante a eliminação dos criadouros e os focos.
A secretária ressalta que a situação é preocupante, mas, a população precisa manter a calma e seguir as orientações repassadas pela equipe. Cada morador precisa fazer a sua parte, eliminar depósitos com água parada e não jogar lixo na rua, pois acaba sendo um criadouro do mosquito. “Cada um precisa contribuir um pouco e isso vai ajudar todo o coletivo”, salienta.
Camila ainda cita que as equipes das unidades estão preparadas para receber os pacientes com suspeita da doença. Com relação aos sintomas, é preciso atenção aos sinais de fadiga, dor no corpo, mal estar com náuseas, febre e manchas no corpo. Já aos pacientes com o diagnóstico da doença, a profissional reforça a importância da hidratação.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA NO EXTREMO OESTE

Com base no Informe Epidemiológico nº 13/2024, no período de 31 de dezembro de 2023 a 20 de abril de 2024 ocorreram 5.335 notificações para dengue na região Extremo Oeste, sendo 4.245 casos prováveis e 1.921 casos descartados. Os municípios de Itapiranga, Guarujá do Sul, Mondaí, Santa Helena, Maravilha, São João do Oeste, Saudades, Palma Sola, Tunápolis, São Miguel do Oeste, Dionísio Cerqueira, Iporã do Oeste, Tigrinhos, Bandeirante, Modelo, Princesa, Descanso, São José do Cedro, Paraíso, Bom Jesus do Oeste, Belmonte, Barra Bonita, Guaraciaba, Flor do Sertão e Santa Terezinha do Progresso, atingiram nível de epidemia, ou seja, apresentam taxas acima de 300 casos prováveis para 100 mil habitantes. Itapiranga segue com o maior número de casos confirmados. Até a quinta-feira, dia 25, o município registrava 1.700 casos confirmados da doença neste ano.
Na região, foram registrados 15 casos de dengue com sinal de alarme e dois casos de dengue grave. Há também o registro de três óbitos por dengue no Extremo Oeste, ocorridos nos municípios de Itapiranga, Princesa e Guarujá do Sul. Em relação aos sorotipos de dengue circulantes na região, foram identificados os sorotipos Denv1 e Denv2.
No período de 31 de dezembro de 2023 a 20 de abril de 2024, também houve o registro de 21 notificações para Chikungunya, sendo 10 casos prováveis e 11 descartados. Ainda, neste mesmo período também foram realizadas nove notificações para Zika Vírus, sendo três casos prováveis e seis descartados.

FOCOS

Com relação aos focos, conforme Informe Epidemiológico nº 13/2024, no período de 31 de dezembro de 2023 a 20 de abril de 2024, foram identificados 2.264 focos do mosquito Aedes Aegypti nos 30 municípios de abrangência da Regional de Saúde do Extremo Oeste, sendo que todos são considerados infestados pelo vetor.

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