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Negociação não define o preço do fumo
Foram tensas as discussões de negociação do preço do fumo da safra 2005/2006, entre as representações dos agricultores e as indústrias
Foram tensas as discussões de negociação do preço do fumo da safra 2005/2006, entre as representações dos agricultores e as indústrias, ocorrida na terça-feira, dia 10, na sede da Fetaesc (Federações dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Santa Catarina) em São José, Florianópolis. A proposta das Federações dos Trabalhadores na Agricultura da Região Sul, da Afubra (Associação dos Fumicultores do Brasil) e das Federações da Agricultura, concesuada na reunião realizada na segunda-feira e apresentada às indústrias, é de um reajuste de 24,9% sobre a tabela de preços praticada no ano passado, garantindo assim, a variação média dos preços pagos nos últimos sete anos.
Os representantes das indústrias conheceram a proposta e pediram um tempo para a rodada de negociação. Depois de se reunirem e apresentarem os números, o percentual de reajuste ficou em zero. Como justificativa, o Sindifumo bateu firme no governo e no que denomina de \"trinômio maldito\" (câmbio, tributação e juros), que inviabiliza o setor produtivo e quadruplica os lucros do setor financeiro. Diante das argumentações das representações dos fumicultores de que o Sindifumo já havia adiado a reunião por duas vezes e outros fatores, a indústria defendeu um reajuste de 4% sobre a tabela de preços da safra passada. A proposta de pagamento em dez dias úteis retrocedeu para quatro, como vem sendo praticado.
O presidente da Fetaesc, Hilário Gottselig, explica que com esse posicionamento das indústrias, a cadeia produtiva corre sérios riscos de rompimento. A safra que já começou a ser comercializada pelos produtores mais descapitalizados, vai até junho. Nos próximos 20 dias será analisado o comportamento da comercialização, período que também será feita a consulta junto aos produtores.
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