DENGUE

Elevado número de focos torna cenário preocupante

  • Folha do Oeste Arquivo -

Com o registro de 617 focos do mosquito Aedes Aegypti neste ano, o cenário com relação à dengue é preocupante em São Miguel do Oeste. De acordo com o coordenador técnico de Combate às Endemias, Renério Dill, nesta época do ano em 2022, São Miguel do Oeste registrava pouco mais de 400 focos. Se comparado, neste ano o município já identificou um acréscimo de 50% no número de focos em relação ao mesmo período do ano passado. “Isso é preocupante! Temos uma grande incidência do mosquito dentro do perímetro urbano, com isso, a partir do momento que vier uma pessoa com dengue, o risco dessa doença se proliferar é grande”, alerta.
Segundo o coordenador técnico, já foram encontrados focos do mosquito transmissor da dengue em todos os bairros da cidade. O pedido, mais uma vez, é para que a comunidade colabore no combate ao Aedes Aegypti, para que a situação não se agrave. Conforme o profissional, inicia um período de grande preocupação, de chuvas e temperaturas elevadas, que tornam o cenário ideal para a rápida proliferação do mosquito. Como há previsão de alta incidência de chuvas em um período em que as temperaturas já estão mais elevadas, a população precisa redobrar os cuidados, e vistoriar com frequência suas casas e terrenos, eliminando todo recipiente com água parada.
Renério salienta que mesmo que não tenha casos positivos de dengue, neste momento, no município, os moradores precisam adotar os cuidados de combate ao mosquito como uma rotina. “Precisamos lembrar que hoje nós temos o vetor, que é o mosquito que leva doença de um lado para o outro, então a partir do momento que tivermos uma pessoa com dengue, esse mosquito vai picar e se contaminar, e a partir daí ele vai disseminar a doença”, ressalta. Neste ano, São Miguel do Oeste já registrou 12 casos positivos de dengue.
A prevenção contra a dengue ocorre ao tentar diminuir a quantidade de mosquitos e com isso diminuir a probabilidade de mosquitos transmitirem a doença. O cuidado deve acontecer dentro e fora dos imóveis. O coordenador orienta os moradores a vistoriar caixas de água, calhas, objetos distribuídos pelo terreno com água acumulada, potes, pneus, lonas, entre outros. Ele ainda alerta para recipientes como pratos embaixo dos vasos de flores, e recipientes com água para os animais de estimação, que precisam ser limpos frequentemente.
Renério também chama a atenção para as fontes de água, que precisam ser tratadas com cloro. “Ou tenha peixes ou que seja tratada. Temos encontrado problemas em algumas fontes pela cidade e o cuidado precisa ser rotineiro para não virar um criadouro do mosquito”, aponta, ressaltando que cada morador precisa fazer a sua parte, para eliminar os criadouros e consequentemente diminuir a probabilidade de contrair a doença. Conforme o profissional, o trabalho precisa ser conjunto.
Para a população em geral, Renério ainda ressalta que quando o agente de endemias visitar a residência é importante que o morador questione o profissional se tiver dúvidas sobre os cuidados, tire dúvidas, pois a equipe não faz visita domiciliar com o intuito de punir, mas sim orientar. “Nosso objetivo é mostrar para a comunidade a melhor forma que ela pode adequar o local e evitar a proliferação do mosquito”, afirma.

 

AÇÃO DE COLETA DE MATERIAIS

Entre as ações desenvolvidas com o intuito de evitar acúmulo de entulhos e a consequente proliferação do Aedes Aegypti, destaca-se a coleta de entulhos e materiais diversos, como pneus, eletrônicos, entre outros, exceto lixo orgânico e sofás. Toda semana, o container é disponibilizado em um bairro. Ao lado do container, também é disponibilizado um tonel para o descarte de lâmpadas.
De 16 a 22 de outubro, será contemplada a comunidade do bairro Sagrado Coração de Jesus (salão da comunidade). Na sequência, de 23 a 29 de outubro, o bairro São Luiz (salão da comunidade). Posteriormente o cronograma será o seguinte: 30 de outubro a 5 de novembro – bairro Jardim Peperi (posto de saúde); 6 a 12 de novembro – bairro São Jorge (posto de saúde); 13 a 19 de novembro – Centro (área coberta da praça central e Praça Belarmino Annoni); e 20 a 26 de novembro – bairro Santa Rita (lateral da escola Attílio Luiz Calza).
Aproveite e faça o descarte correto. “Quanto mais a população trabalhar junto, com consciência, menores serão os problemas que vamos enfrentar com relação à doença”, enfatiza.

 

ALERTA SOBRE VASOS DE FLORES NOS CEMITÉRIOS

O coordenador técnico de Combate às Endemias, Renério Dill, ainda faz um alerta especial para este período do ano. De acordo com ele, nos próximos dias, com a proximidade do Dia de Finados, inicia o período de limpeza e homenagens aos entes queridos. Neste sentido, o pedido é para que a comunidade não deixe vasos de flores com embalagens plásticas nos cemitérios.
Renério acrescenta que o setor já tem realizado campanhas e conversado com os vereadores sobre esta questão, para inibir essa entrada com embalagens plásticas nos cemitérios. O profissional ainda cita que algumas pessoas também levam recipientes de vidro com flores, isso também acumula água e se transforma em um criadouro do mosquito. Segundo ele, as pessoas precisam ficar atentas e evitar essa situação.

 

REUNIÃO NA CÂMARA

No início do mês de outubro, em reunião com o presidente da Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste, vereador Paulo Drumm, os coordenadores técnicos de Combate às Endemias e profissionais da Gerência Regional de Saúde manifestaram preocupação com os casos de dengue e de outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, e alertaram para a criação de focos do mosquito nos cemitérios, considerando a proximidade com o Dia de Finados.
O presidente da Câmara afirmou aos profissionais que pretende apresentar um Projeto de Lei proibindo o uso de invólucro de plástico nas flores depositadas nos cemitérios. Com isso, busca-se reduzir o número de focos do mosquito Aedes Aegypti pelo menos nessas áreas da cidade.

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