O déficit nas relações comerciais de Santa Catarina com o Mercosul nos primeiros 11 meses de 2005 foi de US$ 216,48 milhões, mais que o dobro dos US$ 104,07 milhões registrados entre janeiro e novembro de 2004. Conforme dados divulgados pela Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), o resultado reflete a elevação de 39,7% nas importações, para US$ 602,73 milhões.

Para a instituição as estatísticas estão coerentes com o comportamento do câmbio, que estimula a importação e traz dificuldades à exportação. O resultado negativo na balança comercial de Santa Catarina com o Mercosul contrasta com os dados nacionais. O saldo nacional na balança com o bloco é positivo e praticamente dobrou entre janeiro e novembro de 2005. Enquanto na pauta de exportações catarinense para o Mercosul predominam os itens manufaturados, a pauta de importações segue sendo liderada por matérias primas, começando com insumos para a indústria plástica.

Entre os produtos que saem do parque fabril catarinense com destino ao Mercosul, os principais são os refrigeradores e congeladores, que acumularam vendas de US$ 33,04 milhões entre janeiro e novembro, seguidos por papel cartão (US$ 26,15 milhões) e artigos de cama, mesa e banho (US$ 23,08 milhões).