Nesta semana, o vereador do Legislativo de SMOeste, Valnir Scharnoski (PP), denunciou que há indícios de irregularidades no loteamento, organizado pela Cooperativa Regional de Habitação e localizado nas proximidades da Unoesc, na saída para Bandeirante. Conforme informações da cooperativa, houve dificuldades quanto ao período de realização dos trabalhos devido a demora de liberação da LAP (Licença Ambiental Prévia), pela Fatma (Fundação do Meio Ambiente).

Uma nota encaminhada à imprensa a cooperativa explica que foi repassado o ante projeto à prefeitura de SMOeste, que novamente travou devido a lei de diretrizes não aprovada. \"Agora esta em desenvolvimento os projetos de viabilização de água e luz, sendo que a implantação da rede de energia elétrica será terceirizada e ainda não há valores disponíveis e nem informações junto a Celesc. Quanto a viabilização de calçamento foi concordado com os sócios que cada um faria sua parte, ou, então em reuniões decidiram como fazer\", esclarece a cooperativa.

Conforme Scharnoski, mais de 40 famílias compraram terrenos da cooperativa habitacional há mais de um ano. A promessa era de que em quatro a seis meses, após a assinatura do contrato, toda a infra-estrutura estaria pronta. De acordo com o progressista, muitas pessoas investiram as economias no empreendimento. \"Muitos, inclusive, compraram até o material de construção e não têm onde colocá-lo\", revela.

O parlamentar conta que procurou a prefeitura e a Celesc e descobriu que o que existe de concreto é um projeto de loteamento. Conforme ele, os custos para implantação da rede de água e energia elétrica chegam a R$ 100 mil. Neste valor não estão incluídas a execução do calçamento e outras obras. Sharnoski anuncia que deve formular denúncia ao Ministério Público, já que há fortes indícios de ilegalidade. Ele acredita que os compradores não perderão os terrenos, no entanto é preciso saber quanto tempo mais terão que esperar para a implantação da infra-estrutura.

O legislador diz que procurou o responsável pelo loteamento o qual afirmou que existe uma lei que assegura a execução dos trabalhos por parte do Executivo, sem custo algum para os compradores, mas até o momento nada foi realizado.

A Cooperativa Regional afirma que nos próximos dias haverá uma nova avaliação por parte de uma comissão da prefeitura para discutir a proposta e depois será encaminhado o projeto final para aprovação, tanto do Executivo como do Legislativo. Nas explicações, a cooperativa cita que a respeito da infra-estrutura há uma negociação com o município e não há uma \"suposta\" lei, como coloca o vereador.