Casan procura manter abastecimento
Diretor destaca que alguns municípios já estão em rodízio
Com a estiagem que não cessa e já há cerca de cinco meses sem chuvas consideráveis, a grande preocupação na região reside no abastecimento de água potável para consumo humano, que na região é feita em sua maioria pela Casan. Os rios estão secando, os poços estão com níveis baixos e em alguns municípios a situação é mais crítica a cada dia. Conforme o diretor regional da Casan, Fredy Westerich, um dos maiores problemas está em Bandeirante. A partir do momento em que o Arroio Bandeirante, que abastecia o município, secou, a Casan está retirando água de um açude do centro do município e tratando para consumo humano. Municípios como São Miguel do Oeste, Iporã do Oeste e Bandeirante continuam sendo abastecidos em sistema de rodízio, onde uma parte da cidade é abastecida de 0h às 12h e outra das 12h às 24h. A captação de água para municípios como SMOeste, São José do Cedro, Guarujá do Sul e Paraíso ainda é feita no Rio das Flores e a expectativa é de que o nível não baixe mais do que já baixou, mesmo que não chova nos próximos dois meses. "Se realmente o Rio das Flores secar, estes municípios terão sérios problemas, o que ainda não é o problema. O problema não deve ser maior do que está agora, pelo menos pelos próximos 60 dias. SMOeste e outras cidades têm abastecimento garantido pelo menos em sistema de rodízio", explica. Sobre os prazos para contratação de caminhões que possam fazer o transporte de água, como deve ocorrer em Guaraciaba, por exemplo, Westerich destaca que é difícil prever datas, já que agora está tramitando a parte burocrática do caso, com busca de orçamentos e de empresas que possam prestar os serviços. "Toda essa parte burocrática já está encaminhada, mas não temos como definir prazos, mas esperamos que para a próxima semana os problemas possam ser amenizados", enaltece. Muitas reclamações também foram geradas na região sobre a cobrança da taxa integral efetuada pela Casan, mesmo sem o abastecimento normal. Nesta questão, Westerich explica que a Casan tem o comprometimento de fornecer água em quantidade necessária para subsistência das famílias. "Em casos excepcionais como este, a Casan com certeza está oferecendo o suficiente para manter qualquer residência de até 4 ou 5 pessoas com água durante todo o dia, desde que haja uma caixa de pelo menos 500 litros, até que seja feito o abastecimento novamente", destaca. Westerich também ressaltou que a população está consciente acerca da situação enfrentada na região e já houve uma redução no consumo. Conforme o diretor, isso demonstra que as pessoas estão utilizando somente o necessário, sem desperdícios. O diretor salienta também que com a estiagem, a Casan está fiscalizando o uso irregular da água, com aplicação de multas para quem for flagrado lavando carros e calçadas, por exemplo. As multas variam de R$ 214 para residências e de R$ 316 para comércio até a suspensão do fornecimento
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