Árvore da solidariedade

-

O prazer de quem dá

Desde o ano passado, na época do Natal, o restaurante Di Fiori oferece uma Árvore da Solidariedade. "O meu maior trabalho é fazer com que as pessoas peguem as cartas, a minha maior emoção é ver a árvore esvaziando. É uma emoção grande poder compartilhar da alegria das crianças. É muito gratificante isso para mim. Me sinto bem fazendo esse papel. Porém, o meu maior papel mesmo é conseguir mobilizar as pessoas para que colaborem. É gratificante toda vez que um novo voluntário se oferece. Além disso, eu ajudo muito mais as pessoas do que elas a mim. O mínimo que o ser humano pode fazer é ser solidário, ajudar aos outros. No ano passado peguei uma cartinha e acabei dando uma bola e uma camiseta, porque era um menino de 8 anos. Foram momentos especiais, tanto pegar a cartinha como colocar o presente na árvore", diz Dione Fiorini, proprietária do restaurante. Neste ano, a procura foi menor. Dione acredita que seja porque no ano passado era novidade. "Não sei realmente se é isso, ou se as pessoas estão passando por uma situação financeira difícil, mas que foi menor a procura do que no ano passado, isso foi. E não só aqui. Em todos os locais onde foram colocadas as árvores, o comentário é o mesmo", enfatiza "Pode ser que as pessoas estejam optando em ajudar de outra forma", comenta esperançosa.

"Pessoas que participaram da entrega me disseram, que é muito bonito e emocionante ver as crianças com o brilho nos olhos ao ganhar os brinquedos", ressalta Dione. Existem também as pessoas que pegam as cartas, compram o presente, anotam o endereço da criança e mais tarde verificam se elas estão aproveitando o presente.

"Esse trabalho foi emocionante. A iniciativa foi muito bonita. É tão bom poder ajudar e ver alguém feliz. Ajudar a realizar o sonho de uma criança é o mínimo que podemos fazer", complementa Dione.

A alegria de quem recebe

No ano passado foi lançado o projeto da Árvore da Solidariedade, para que as crianças carentes de São Miguel do Oeste, tivessem a oportunidade de ganhar presentes e saber o sentido do Natal.

Daniel Santos Coral, tem 8 anos, estuda no Colégio São João Batista de La Salle, e mora na rua Salgado Filho, no bairro São Luiz, com mais 14 pessoas, incluindo seus pais, irmãos e sobrinhos. Ele teve a iniciativa de se cadastrar junto ao CAIC, para pedir uma bicicleta, porque diariamente ia de carona com seu pai para a roça, pois ele sofre de pressão alta e não pode ir sozinho.

Já sua mãe, fica em casa com os outros filhos e netos. Daniel vai trabalhar com o pai, para que ele não se canse muito.

A renda mensal da família Coral gira em torno de R$ 100,00 como resultado da arrecadação de papel que as crianças fazem nas ruas. A casa onde residem tem apenas quatro cômodos. "Escrevi a carta pedindo uma bicicleta e tive muita fé que eu ia ganhar", comenta Daniel. "Graças a Deus meu pedido foi atendido".

Neste ano, ele escreveu novamente uma cartinha e a colocou na Árvore da Solidariedade. O desejo do garoto, desta vez, é uma cesta básica e uma cesta de doces para repartir com os irmãos.

Anterior

Programa da PM garante a segurança das residências

Próximo

Portal da Leitura reúne mais de mil

Deixe seu comentário

Nossas Redes

Impresso