ARTIGO

Imprensa e Turismo

Se a imprensa catarinense, que em julho completou 187 anos de fundação, não merecer um capítulo especial no processo de desenvolvimento social e econômico de SC, com certeza o livro da nossa história estará não apenas incompleto, mas fatalmente ilegível. Afinal, a memória dos nossos jornais, revistas, emissoras de rádio e televisão se confunde com a colonização catarinense - várias etnias acabaram por criar seus próprios veículos de comunicação, muitas vezes na língua do país de origem - e com o desenvolvimento da Santa Catarina moderna, tendo a partir dos anos 80, papel fundamental para que o estado seja hoje referência nacional e internacional. 

Com cerca de 300 títulos de jornal, mais de 250 emissoras de rádio e grandes redes de televisão, a comunicação de SC é uma das mais fortes do país. Faz parte do dia a dia dos catarinenses, como o pão e o café da manhã e sua presença nas menores cidades das regiões mais distantes torna imprescindível seu papel de porta-voz das comunidades.

É essa imprensa que guarda a nossa história, tradições e cultura - no que se refere aos jornais, que são memória viva, hoje boa parte deles já passou pelo processo de digitalização e pode ser acessado pela internet via Biblioteca Pública de Santa Catarina. A esse trabalho se junta a nova Casa do Jornalista, na Agronômica, na Capital, que terá não só a memória da imprensa, mas também áreas para apresentação e aprendizado de novas tecnologias na área de comunicação.

Fundamental para o fortalecimento da imprensa, o trade de Comunicação de SC teve impulso a partir de 2003, no primeiro governo de Luiz Henrique. Conhecedor como poucos do valor da imprensa para o passado e o futuro do estado, ele criou uma política que estabeleceu a mídia técnica como condição para distribuição da propaganda estatal e, sempre, via entidades do trade, como forma de valorizar o associativismo. Assim, cresceram e se consolidaram a Associação dos Jornais do Interior (Adjori), a Associação dos Diários do Interior (ADI), a Associação de Emissoras de Rádio e Televisão (Acaert) e até os sindicatos de revista e jornais (Sindejor) e de propaganda (Sinapro).

Se é importante para todos os setores da vida catarinense, nossa imprensa é fundamental para o turismo. Nossos veículos criaram ao longo dos anos uma cultura em que o turismo faz parte da sua pauta diária. Assim, divulgam dentro e fora do estado as nossas rotas turísticas, as festas regionais, o litoral, as serras, as águas termais, a exuberância da nossa gastronomia e da nossa enologia. E não só isso: são porta-vozes da necessidade de obras de infraestrutura e de empreendimentos públicos e privados para o turismo.

É preciso retomar a ação de fortalecimento do nosso trade de Comunicação. Imprensa forte e independente é sinônimo de democracia.


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