ECONOMIA

Tarifa de 50% prejudica severamente parte das exportações catarinenses, avalia Fiesc

Tarifa de 50% prejudica severamente parte das exportações catarinenses, avalia Fiesc
Divulgação Fiesc

A Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina) avalia que a tarifa de 50% anunciada pelo governo norte-americano para as exportações de produtos brasileiros vai prejudicar severamente embarques para os Estados Unidos. O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, reitera a necessidade de manutenção dos canais de negociação pela diplomacia brasileira, sob pena da situação se agravar com o cancelamento de investimentos no Brasil. Avalia que é necessário trabalhar com serenidade pela melhor solução e considerando os interesses do Brasil.

A decisão precisa ser avaliada sob três aspectos: sob o ponto de vista econômico, não há justificativa para a aplicação desta taxa, já que os Estados Unidos registram superávit há décadas na balança comercial com o Brasil; o segundo aspecto diz respeito às políticas domésticas, o Brasil é um país soberano e suas decisões, certas ou erradas, devem ser respeitadas; por fim, ao invés de adotar postura neutra em relação à diplomacia internacional, o Brasil repetidamente assume posições de desalinhamento com os Estados Unidos.

Embora não se tenha detalhes sobre a medida, a perspectiva de taxação deixa a indústria em alerta. “A implementação da tarifa anunciada nesta quarta, de 50%, compromete a competitividade dos produtos catarinenses, uma vez que países concorrentes em setores relevantes para a pauta exportadora de SC podem ser submetidos a taxas bem inferiores”, frisa Aguiar.

Os Estados Unidos são o segundo parceiro comercial do Brasil e o principal destino das exportações catarinenses. No ano passado, o estado embarcou para lá US$ 1,74 bilhão, na sua maioria itens manufaturados, como produtos de madeira, motores elétricos, partes de motor e cerâmica.



EUA têm superávit de US$ 256,9 bi com Brasil

Brasil e Estados Unidos sustentam uma relação econômica robusta, estratégica e mutuamente benéfica alicerçada em 200 anos de parceria. De acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), o aumento da tarifa terá impacto significativo na competitividade de cerca de 10 mil empresas brasileiras que exportam para os Estados Unidos.

O país norte-americano mantém superávit comercial com o Brasil há mais de 15 anos. Somente na última década, o superávit norte-americano foi de US$ 91,6 bilhões no comércio de bens. Incluindo o comércio de serviços, o superávit americano atinge US$ 256,9 bilhões. Entre as principais economias do mundo, o Brasil é um dos poucos países com superávit a favor dos EUA.

A CNI aponta também que a entrada de produtos norte-americanos no Brasil estava sujeita a uma tarifa real de importação de 2,7% em 2023. A tarifa efetiva aplicada pelo Brasil aos Estados Unidos foi quatro vezes menor do que a tarifa nominal, de 11,2%, assumida no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio).



Fonte Fiesc

Alesc promove encontro para capacitar integrantes de Câmaras Municipais Anterior

Alesc promove encontro para capacitar integrantes de Câmaras Municipais

PRF adota nova geração de armas elétricas para abordagens com maior segurança Próximo

PRF adota nova geração de armas elétricas para abordagens com maior segurança

Deixe seu comentário