Entidades do setor produtivo são recebidos pelo presidente da Assembleia |
A Coordenação Regional do Sinte/SC em São Miguel do Oeste acompanhou a visita do secretário de Estado da Educação, Aristides Cimadon, ao município de Itapiranga nesta quarta-feira, dia 28, e aproveitou para entregar em mãos uma carta de reivindicações da categoria ao Governo do Estado.
O ofício é assinado pela coordenadora, Giceli Aparecida dos Santos, e subscrito pelos professores da Regional, especialmente educadores dos munícipios de Itapiranga, Tunápolis, Santa Helena, Iporã do Oeste e São João do Oeste, pertencentes à CRE de Itapiranga. “ Criou-se a expectativa de um diálogo respeitoso entre os representantes do Governo e do Sindicato, mediante a demonstração de prioridade de V. Exa. com a Educação Pública e valorização dos profissionais do magistério estadual. Foram realizadas reuniões, onde as propostas e a pauta de reivindicações dos trabalhadores em educação foram apresentadas e debatidas, mas, ao final do período previsto, não foi apresentado por parte do Governo qualquer proposta que contemple os pontos da pauta salarial e de valorização dos trabalhadores em educação”, enaltece a classe no documento.
A pauta dos trabalhadores em educação incluiu: revogação do desconto de 14% dos/as aposentados/as; pagamento do piso na carreira, com a descompactação da tabela salarial; reajuste do auxílio alimentação, com correção anual e isonomias entre os servidores públicos estaduais; e realização de concurso público para todos os cargos.
“Salientamos que o estabelecimento de um desconto previdenciário de 14% para todos os trabalhadores aposentados, na prática representou uma perda salarial. A diminuição dos valores recebidos, sem qualquer tipo de escalonamento ou progressão, afetou sobremaneira aqueles com as menores remunerações, causando um impacto significativo em seu nível de vida e, em alguns casos, chegando a afetar as condições de subsistência”, explica a coordenadora.
Ainda conforme o documento entregue, “o não pagamento do reajuste do piso salarial e a não descompactação da tabela salarial, faz com que os trabalhadores em educação do Estado sintam-se cada vez menos valorizados, além dos vencimentos pagos pelo Estado continuar sendo um dos menores do País”.
Outra razão que desvaloriza e desmotiva os trabalhadores é a gradativa substituição do quadro efetivo de professores por temporários, representando hoje mais de dois terços do total dos profissionais. Conforme o Sinte/SC, na maioria das escolas faltam profissionais para atuar em todas as áreas e setores das escolas, sendo urgente a realização de concurso público de ingresso e chamadas para todos os cargos e funções do quadro do magistério.
“Por fim, é inexplicável a manutenção do congelamento do ínfimo valor pago aos profissionais do magistério como auxílio-alimentação. Além de seu valor ser o menor de todos os servidores dos poderes públicos do Estado, está congelado há mais de 10 anos, evidenciando mais um caso de desvalorização destes profissionais”, cobram os trabalhadores em educação no ofício entregue.
Diante o exposto e considerando que foi o próprio Governo que propôs uma mesa de negociação com a categoria do magistério, os representantes da educação estadual na região solicitam uma imediata resposta sobre a pauta de reinvindicação e valorização dos trabalhadores em educação do Estado. “Nossa categoria continua mobilizada e organizada, cobrando a contraproposta assumida durante a mesa de negociação. Os serviços públicos devem ser tratados como prioridade por qualquer Governo, mas, no momento, a Educação Pública em nosso Estado não está sendo priorizada”, reforça Giceli.
Ascom Sinte/SMO
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