Sepultados corpos de caçadores mortos
Os corpos dos três catarinenses encontrados mortos na reserva florestal Yabotí, na Argentina
Os corpos dos três catarinenses encontrados mortos na reserva florestal Yabotí, na Argentina, em dezembro do ano passado, chegaram à cidade de Dionísio Cerqueira, na noite de quarta-feira, dia 4. Na quinta-feira, dia 5, os corpos foram transportados para Itapiranga, onde foram sepultados na linha Conceição, interior do município. De acordo com proprietária da Funerária Mão Amiga, Divina Farina, responsável pelo translado, os corpos foram buscados em Posadas – Argentina, estando os três colocados em um único caixão. Já em território catarinense, foram colocados em sacos especiais. "Os corpos estavam completamente irreconhecíveis, em completo estado de decomposição, afirma a proprietária. Em seguida foram colocados em três caixões, que foram lacrados. O CASO Os irmãos Sérgio, de 27 anos, e Ademir Luft, de 31 e o cunhado deles Raimundo Clem, de 50 anos, saíram para caçar e pescar em território argentino no dia 26 de dezembro do ano passado e deveriam retornar no dia 28. Como eles não retornaram no dia marcado, familiares foram procurar pelos três e encontraram dois deles mortos. O terceiro corpo, de Raimundo Clem, foi encontrado dois dias depois por policiais brasileiros e argentinos. Em entrevista ao Portal Tri, o pai dos dois irmãos, Hélio Luft, contou o drama vivido pela família desde dezembro. Hélio ajudou nas buscas e relatou como encontrou os corpos na mata, quando sentiu um forte cheiro. "Ao me aproximar do local de onde vinha o cheiro, encontrei embaixo de alguns galhos o corpo do meu filho Sérgio. Ele estava de bruços, sem os braços, sem as pernas e degolado. O médico argentino me falou que ele (Sérgio) tinha levado três tiros , além de 73 cortes de facão. Do local onde encontrei Sérgio, segui rio acima e encontrei muito sangue. Bem próximo do local encontrei o corpo do meu outro filho (Ademir), que também estava coberto com galhos. Ele tinha levado um tiro no peito, um na boca e outro na altura da cintura", declarou o pai dos irmãos. Dois dias depois as buscas retomaram, quando foi localizado o corpo de Raimundo próximo a uma cachoeira, distante 200 metros do corpo de Sérgio. "O Raimundo também estava bastante machucado e escondido embaixo de galhos e pedras", contou. Os corpos ficaram em meio à mata, aproximadamente 18 dias, até que foi aberta uma clareira na mata, onde um helicóptero fez o resgate. Após o resgate, os corpos foram encaminhados até um necrotério na cidade de Posadas, na Argentina, onde foram submetidos a um exame de DNA para identificação. "Os exames só chegaram segunda-feira, dia 2, por isso que demorou tanto", afirma seu Hélio.
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