Reflexos da estiagem aumentam o custo do litro de leite

A extensão dos prejuízos provocados pela seca que assolou Santa Catarina nos últimos meses não ficou restrita ao campo

A extensão dos prejuízos provocados pela seca que assolou Santa Catarina nos últimos meses não ficou restrita ao campo, onde as perdas somam R$ 400 milhões. Nas gôndolas dos supermercados, alguns produtos, como o leite, dispararam de preço.

Em dois meses, o reajuste já chega a 40 %, fruto do problema climático aliado à entressafra. Se em abril o consumidor pagava R$ 1,30 pelo litro do produto, hoje não consegue comprá-lo por menos de R$ 1,90, sendo que há mercados em que o preço chega a R$ 2,40 por uma caixa de leite integral.

A explicação para essa disparada alia a seca ao período de transição entre verão e inverno. O analista da Epagri, Francisco Heiden, que acompanha o mercado do leite, conta que nessa época acontece o chamado vazio forrageiro, durante o qual a pastagem fica mais escassa e com qualidade inferior. A consequência disso é uma produção bem menor do que a usual. "Este ano, a situação foi piorada com a seca que atingiu o oeste catarinense, principal região produtora do Estado. Além disso, o custo de produção aumentou, pois, com as pastagens secas, o gado teve que ser tratado com ração. Esses fatores foram responsáveis por uma redução de 25% a 30% do volume entregue às indústrias", destaca.

Segundo o presidente do Conseleite, Nelton Souza, a tendência é de que até o mês de julho o preço aumente ainda mais, e chegue a ser pago até R$ 0,70 o litro de leite para o produtor, o que consequentemente vai refletir no produto industrializado. Contudo, a partir do mês de agosto, a produção deverá aumentar e o custo do leite diminuir. "A diminuição de 5% na produção nesta época é normal, mas quando chega agosto a produção aumenta e o preço baixa. É a antiga lei da oferta e procura", explica.

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